O 21º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, de São Sebastião, encerrou, nesta sexta-feira (23), com um torneio de futebol e uma confraternização para jogadores e familiares, as atividades de 2022 do Projeto Bom de Bola.
O Bom de Bola é o nome da escolinha para meninos de 11 a 15 anos, que oferece aulas três vezes por semana, pela manhã e à tarde. A iniciativa atende 85 crianças divididas em 18 equipes, sendo nove sub-11 e nove sub-15. As aulas têm duração de uma hora e meia.
Tairo Kauan Andrade, de 10 anos, participa do Bom de Bola há um ano. O garoto era um dos mais animados no torneio desta sexta-feira. Ele foi aprovado na escola e se prepara para cursar o sexto ano do ensino fundamental.
“Gosto muito de futebol. Estar aqui me ajuda a tirar boas notas na escola também. Até já passei de ano”, comemorou o menino. O Bom de Bola não oferece aulas de reforço escolar, mas faz acompanhamento do desempenho das crianças.
O flamenguista e estudante Jean Moreira, de 14 anos, está na escolinha há um ano e lamenta apenas ter que deixar o grupo quando completar 15 anos. “O projeto é muito bom. Se pudesse, ficaria mais, mas tenho que sair com 15 anos. Gosto de jogar bola aqui”. Para o menino, que ama futebol, o melhor jogador do país é Pelé.
“O trabalho feito aqui pelo Ednei e sua equipe, serve para salvar gerações; não só essas crianças, mas gerações”. disse o comandante do 21º Batalhão, Tenente Coronel Marcelo Maciel.
“Esses programas comunitários têm o objetivo de aproximar a Polícia Militar da sociedade e de quebrar o paradigma de que a PM é apenas repressiva. Temos 11 programas e 39 projetos sociais que somente este ano atenderam 75 mil pessoas”, explicou o tenente Aderivaldo Cardoso, chefe da Seção de Programas e Ações Comunitárias da PMDF.
O Programa Bom de Bola foi criado há 11 anos pelo sargento Ednei Cristino. Ele também se orgulha do fato de que jogadores que hoje são profissionais iniciaram no esporte no campo de futebol da PM. São atletas que hoje jogam no Cruzeiro, Atlético Goianiense e no Vila Nova, de Goiás. O criador da escolinha avalia a importância das aulas para as crianças da região administrativa.
“São Sebastião é uma comunidade carente, onde os índices de violência não são os mais altos de Brasília, mas têm relevância. Trazer esses meninos para jogar futebol em um ambiente seguro vai ajudá-los durante toda a vida. O projeto social do Batalhão tem grande relevância para essas crianças”, frisou o sargento Ednei.
O militar destacou, ainda, o gosto dos meninos pelas aulas de futebol. “Como em todo Brasil, a comunidade aqui de São Sebastião gosta muito de futebol, então a procura pelas aulas é grande”. O total de vagas para ingressar na escolinha no próximo ano ainda não está disponível, mas os interessados já podem procurar o 21º Batalhão de São Sebastião para se matricular nas oportunidades abertas.
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