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STF retoma julgamento de Bolsonaro; Fux vota para anular, mas placar é 2 a 0

STF retoma julgamento de Bolsonaro e aliados por trama golpista. Placar pela condenação está 2 a 0, apesar do voto de Fux pela anulação da ação.
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (10), o julgamento crucial que pode resultar na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete indivíduos. A ação penal investiga a alegada trama golpista que visava anular o resultado das eleições de 2022, um cenário de alta tensão política no país. Atualmente, o placar da votação pende para a condenação, com dois votos favoráveis, embora o ministro Luiz Fux tenha expressado uma posição divergente pela anulação da ação.

Voto Divergente de Fux e o Andamento do Julgamento

No período da manhã desta quarta-feira, o ministro Luiz Fux, que se manifestou como o terceiro a votar no processo, posicionou-se a favor da anulação da ação penal ligada à suposta trama golpista. A continuidade da leitura de seu voto está prevista para o decorrer da tarde, o que adiciona um elemento de expectativa ao processo. Apesar dessa manifestação, o cenário atual mostra uma inclinação para a condenação dos réus. O placar, neste momento, registra dois votos a zero pela condenação.

Posteriormente, na sessão realizada na terça-feira, dois ministros já haviam proferido seus votos favoráveis à condenação de todos os envolvidos. O ministro Alexandre de Moraes e, em seguida, o ministro Flávio Dino, ambos votaram pela culpabilidade dos réus. Para finalizar a votação, restam as manifestações dos ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O resultado final da ação demandará a maioria simples, ou seja, três dos cinco votos do colegiado para definir a condenação ou a absolvição dos acusados.

Implicações da Sentença e Potenciais Penas

As possíveis consequências para os réus, caso condenados, são substanciais. Embora o tempo exato da pena ainda não tenha sido anunciado — uma decisão que se dará apenas ao término da rodada de votação —, as implicações são severas. Em tal cenário, as penas previstas podem atingir até 30 anos de reclusão em regime fechado, o que ressalta a gravidade das acusações. Portanto, o desfecho deste julgamento no Supremo Tribunal Federal representa um marco importante para a justiça brasileira e para o cenário político nacional.

Os Oito Réus no Centro da Acusação

O julgamento em questão envolve oito indivíduos apontados como participantes da suposta trama para alterar os resultados eleitorais. São eles: Jair Bolsonaro, que ocupava a Presidência da República no período; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e, posteriormente, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, que era ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, que atuou como ex-ministro do governo Bolsonaro e foi candidato à vice-presidência na chapa de 2022; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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