Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader
A partir de segunda-feira (13), profissionais de saúde de diversas categorias terão a oportunidade de se candidatar aos programas de residência nas modalidades uniprofissional e multiprofissional. Ao todo, o processo seletivo oferta 380 vagas, 38 das quais são reservadas para pessoas pretas, com deficiência e indígenas.
A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) são as instituições formadoras responsáveis pelos programas, custeados pela Secretaria de Saúde (SES). Este ano, o processo seletivo está sob responsabilidade do Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), que vai elaborar a prova objetiva e realizar a avaliação curricular dos candidatos.
Reconhecida como uma formação de padrão ouro, a residência em área profissional foi instituída pela lei nº 11.129/2005 e busca integrar o mundo acadêmico com o do serviço. Diferentemente da residência médica, os programas uniprofissional e multiprofissional abrangem três ou mais categorias, como enfermagem, nutrição e fisioterapia, entre outras. Isso porque nos cenários de prática, que são os hospitais da rede pública do DF, os profissionais são treinados para enfrentar as mais variadas situações, e, após concluir a residência, estão preparados para trabalhar em hospitais públicos ou privados de qualquer local do país.
Entusiasta dos programas, a vice-coordenadora da residência multiprofissional da Fepecs, Helicínia Espíndola, conta que “a partir do processo seletivo, há a oportunidade de profissionais de saúde ingressar no SUS para se qualificar numa modalidade de especialização de excelência”. Outro aspecto positivo, segundo ela, é “a contribuição para melhora dos serviços prestados na SES”, além de essas atividades influenciarem favoravelmente “a assistência, a saúde, o ensino e a pesquisa no SUS”.
No edital deste ano, algumas novidades foram inseridas ao programa de residência multiprofissional, que passa a contar com especialização nas áreas de concentração de anomalias dentofaciais, reabilitação cognitiva e vigilância epidemiológica nas categorias profissionais de biologia e medicina veterinária, que ainda não eram contempladas. Além dessas áreas, no programa uniprofissional, a radiologia odontológica também está sendo oferecida de maneira inédita.
Inscrições e fases
As vagas para os programas estão divididas nas modalidades uniprofissional e multiprofissional, cada uma com sua área de concentração. Para se inscrever, o candidato deve indicar o programa de interesse e observar os pré-requisitos necessários, como documentação e assinatura do termo de dedicação exclusiva, não podendo exercer outras atividades profissionais no período da residência.
Para concorrer a uma das vagas, o interessado passa por duas fases de avaliação. Na primeira, é submetido a uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório e, posteriormente, fica sujeito à análise curricular, com caráter apenas classificatório. Na segunda fase, há a seleção do cenário de ensino.
O período de inscrição terá início no dia 13 deste mês e fica aberto até 7 de dezembro, no site do Iades. Para ter a inscrição efetivada, é preciso pagar a taxa estabelecida pelo edital, no valor de R$ 149. A prova objetiva está prevista para 16 de dezembro.
Benefícios e importância
Os programas de residência têm carga horária semanal de 60 horas e podem ser concluídos em dois ou três anos, a depender da especialização do candidato. Durante esse período, os residentes são beneficiados com uma bolsa de R$ 4.106,09. Além disso, residentes da SES também recebem auxílio-moradia, no valor de R$ 1.231,82.
Sobre o aprendizado proporcionado pelos programas, a coordenadora dos cursos de pós-graduação lato sensu e extensão da Escs, Vanessa Dalva Guimarães Campos, destaca a importância da residência multiprofissional, visto que “pelo menos três categorias profissionais realizam treinamento em serviço no cenário de prática, de forma a qualificar o cuidado aos pacientes baseado na interprofissionalidade”. Segundo ela, “esses treinamentos supervisionados por preceptores auxiliam no aperfeiçoamento do serviço e garantem que os pacientes sejam assistidos em sua integralidade”.
Esse processo seletivo é muito aguardado pelos profissionais de saúde e “chega a ter cinco mil candidatos inscritos por ano”, afirma Vanessa. A coordenadora ressalta que “é uma grande oportunidade, pois se trata de uma pós-graduação lato sensu, com 12 categorias profissionais contempladas”.
Aos candidatos ansiosos por uma vaga, acentua a gestora, é necessário ter em mente que o programa de residência exige dedicação, esforço e vocação. “A residência promove verdadeira integração entre ensino, serviço e comunidade”, conclui.
*Com informação da Fepecs
Fonte: Agência Brasília – https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2023/11/10/selecao-para-residencias-uniprofissional-e-multiprofissional-tem-380-vagas/