Um convite à pausa e reflexão sobre a condição do outro a partir da dramatização de relatos contundentes de pessoas de vários segmentos da sociedade e classes sociais é a proposta do projeto Fábrica de Pessoas, que acaba de estrear no YouTube. Trata-se de um híbrido de cinema, teatro e dança em oito minisséries em formato web, viabilizadas graças ao incentivo de R$ 40 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).
É o resultado de amplo trabalho de pesquisa oral. Antes de ser disponibilizado nas redes sociais, o projeto Fábrica de Pessoas foi apresentado no Setor Comercial Sul e Taguapark, em 13 e 20 de outubro, respectivamente.
“Escolhemos pessoas com mais de 60 anos, profissionais autônomos, mães e pessoas LGBTQIA+ como foco”, explica o diretor do projeto, Ig Uractan. “Nosso objetivo é compartilhar sentimentos que são universais: histórias de separação, depressão, autoestima, amor, raiva, representatividade e superação.”
O elenco das tramas, que variam de quatro a pouco mais de dez minutos de duração, é composto em sua maioria por dançarinos. São eles que, com movimentos exuberantes, agitados, no palco ou em intervenções urbanas, dão vida a relatos cheios de dor, violências, sonhos, amor e superação.
“A partir dessas histórias, construímos pequenas narrativas cênicas com ensaio, com muita coreografia, explorando essas histórias, os sentimentos que conseguimos trazer juntos com essa pesquisa”, salienta o diretor.
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