Arte é sensorial, mexe de forma natural com os sentidos humanos. Embalado por essa motivação, um grupo de pessoas cegas participa de projeto de capacitação artística para criação de produtos direcionados a este público. Realizado com verba de R$ 80 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o projeto Novelas para Escutar nasceu da experiência do grupo teatral No Escuro, único no DF a atuar para pessoas com deficiência visual.
Na prática, são oficinas de radionovelas que potencializam a importância da voz para pessoas com baixa visão e surdocegas. Coordenado por respeitados profissionais da cena cultural do DF, o trabalho, quando finalizado, será veiculado em formato de podcast no canal do YouTube da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais.
Segundo a coordenadora e idealizadora do Novelas Para Escutar, Clarissa Barros, o objetivo do projeto é dar visibilidade à produção cênica e interpretativa, além de promover reflexões sobre acessibilidade cultural, inclusão social e protagonismo artístico das pessoas com deficiência visual. “Com essa iniciativa, estamos criando um marco no desenvolvimento de práticas de inclusão e promoção onde o ativismo resulta em cidadania artística”, resume.
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