As ondas de calor estão cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo, trazendo desafios para a saúde pública. Com temperaturas que ultrapassam os 40°C, os efeitos vão além do desconforto, representando riscos para quem tem doenças crônicas como hipertensão, insuficiência cardíaca e problemas renais.
Especialistas alertam que pacientes dessas condições devem redobrar os cuidados, ajustando a hidratação, evitando exposição prolongada ao calor e, em alguns casos, adaptando a medicação.
Como o calor extremo afeta o organismo?
O corpo humano regula a temperatura por meio de dois mecanismos principais:
🔹 Transpiração – o suor ajuda a resfriar o corpo, mas causa perda de líquidos e eletrólitos essenciais.
🔹 Vasodilatação – os vasos sanguíneos se dilatam para dissipar o calor, o que pode causar queda de pressão.
Segundo o cardiologista Marcelo Franken, do Hospital Israelita Albert Einstein, essas reações podem provocar desidratação, tontura, cansaço e até desmaios.
“Em dias muito quentes, o coração precisa trabalhar mais para manter a circulação sanguínea equilibrada, o que pode ser perigoso para quem tem doenças cardiovasculares.”
Se o calor continuar intenso e o corpo perder a capacidade de regular a temperatura, pode ocorrer insolação, condição grave que pode levar a febre alta, confusão mental e até risco de morte.
Quem precisa de mais atenção?
🌡 Pacientes cardíacos – quem tem insuficiência cardíaca ou arritmia pode sofrer mais com o estresse térmico, pois o coração precisa bombear mais sangue para resfriar o corpo.
🌡 Hipertensos – o calor pode causar oscilações na pressão arterial, exigindo ajustes na medicação com orientação médica.
🌡 Pessoas com doenças renais – a desidratação pode sobrecarregar os rins, aumentando o risco de complicações.
🌡 Idosos e crianças – ambos têm menor capacidade de perceber a sede e regular a temperatura, tornando-se mais vulneráveis à desidratação.
Cuidados essenciais para evitar complicações
🔹 Hidrate-se regularmente – beba água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede.
🔹 Evite exposição ao sol – busque locais frescos e sombreados, especialmente entre 10h e 16h.
🔹 Ajuste a alimentação – prefira refeições leves, evitando excesso de sal e gorduras.
🔹 Use roupas leves – opte por tecidos claros e frescos, como algodão e linho.
🔹 Cuidado com a prática de exercícios – faça atividades físicas no início da manhã ou no fim da tarde.
🔹 Evite bebidas alcoólicas em excesso – o álcool pode acelerar a desidratação e aumentar o risco de quedas de pressão.
Para pacientes com doenças crônicas, a recomendação é manter contato regular com o médico e relatar qualquer sintoma incomum.
Conclusão
As altas temperaturas impactam diretamente a saúde, especialmente de quem tem doenças crônicas. O acompanhamento médico e medidas simples, como hidratação e proteção contra o calor, podem evitar complicações graves.
Diante das mudanças climáticas e das ondas de calor cada vez mais intensas, prevenção e informação são essenciais para garantir bem-estar e qualidade de vida.