Um treinamento para as mulheres ‘darem voz’ ao próprio negócio. A Secretaria da Mulher (SMDF) realizou, nesta quinta-feira (8), a segunda edição do seminário Realize Mulher. Cinquenta participantes estiveram no encontro, no Senai em Taguatinga, discutindo uma temática bem atual: a comunicação assertiva. Moças e senhoras que possuem iniciativas próprias ou projetos e que aprenderam um pouco mais sobre como falar sobre eles.
Uma das aprendizes foi a estudante Alice Andrade, 48 anos, moradora do Vicente Pires. Atendida pelo programa Realize há um ano, Alice se descobriu e passou a fazer um curso de psicanálise. Perto de concluir os estudos, hoje ela apontou a importância que a comunicação tem para essas mulheres. “Eu já vendi bolo no pote, outros quitutes e sei que como é importante saber se comunicar, explicar como funciona o negócio”, disse.
“Agora, vou precisar nas terapias também. Esse treinamento é essencial, já que muitas mulheres têm potencial enorme com seus negócios, mas não sabem divulgar”, emendou a moça. Criado há dois anos e instituído por lei em março de 2022, o Realize leva desenvolvimento, trabalho e autonomia às mulheres do DF.
No evento, dinâmicas em grupo e palestras movimentaram o dia de seminário. A maioria das participantes já é atendida por outras iniciativas da SMDF, a exemplo do Mão na Massa – o qual Alice já fez – e o Oportunidade Mulher.
Coordenador do projeto Realize e um dos palestrantes do dia, Denis Reis lembrou a importância dessas guerreiras ‘libertarem’ suas vozes. “A comunicação é uma das competências que a mulher precisa desenvolver tanto para colocar os seus projetos em prática quanto para crescer no empreendedorismo”, observou ele. “Quando a pessoa solta a sua voz e se comunica melhor, ela consegue entender a sua capacidade, a se projetar no mundo e se relacionar”, complementou Reis.
Presente ao encontro, a subsecretária de Promoção das Mulheres, Luene Garcia, ressaltou que a parceria com órgãos como o Senai e Senac tem funcionado e oferecido alternativas diferentes para essas mulheres, muitas em situação de vulnerabilidade. “Estamos proporcionando a essas pessoas ferramentas para que se desenvolvam tanto em nível profissional quanto em nível emocional, para que elas se empoderem e busquem o seu espaço”, frisou.
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