A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico a determinados alimentos. Segundo especialistas, os sintomas variam de reações leves, como coceira e vermelhidão na pele, até quadros graves, como dificuldade respiratória e choque anafilático.
A médica alergista e imunologista Mariana Miziara, coordenadora do Departamento de Alergia da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, explica que fatores genéticos e ambientais podem influenciar o desenvolvimento da alergia. “O estilo de vida, a exposição precoce ou tardia a determinados alimentos e até o tipo de parto podem contribuir para o surgimento do problema”, afirma.
Os alimentos que mais causam alergias
Os principais alimentos responsáveis por reações alérgicas são:
🥛 Leite
🥚 Ovo
🌱 Soja
🌾 Trigo
🥜 Amendoim
🌰 Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas)
🐟 Peixes
🦐 Frutos do mar
Entre esses, as alergias a leite, ovo, soja e trigo são mais comuns na infância e tendem a desaparecer na adolescência. Já as alergias a amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar costumam ser mais persistentes e podem durar a vida inteira.
Nos últimos anos, especialistas notaram um aumento nas reações a sementes e frutas, além de um crescimento na duração e gravidade dos quadros alérgicos.
Como identificar uma alergia alimentar?
A alergia alimentar só se manifesta quando há sintomas após o consumo do alimento. Por isso, testes de alergia não são recomendados para quem nunca apresentou reações.
A investigação deve ser feita com um alergista, que pode solicitar exames como:
✔ Teste de puntura (prick test) – Pequenas quantidades do alérgeno são aplicadas na pele para verificar reações.
✔ Exames de sangue – Medem a presença de anticorpos específicos contra determinados alimentos.
✔ Teste de provocação oral – O alimento é ingerido sob supervisão médica para avaliar possíveis reações.
Os perigos da alergia alimentar
As reações podem ser leves, moderadas ou graves. Os sintomas mais comuns incluem:
🔹 Coceira e vermelhidão na pele
🔹 Inchaço nos lábios, língua ou rosto
🔹 Dificuldade para respirar
🔹 Dores abdominais, náuseas e vômitos
🔹 Anafilaxia (reação grave que pode levar à morte)
A anafilaxia é a reação mais perigosa e pode evoluir rapidamente. “Se o paciente apresentar dificuldade respiratória, desmaio ou sensação de aperto na garganta, é necessário buscar atendimento médico imediato”, alerta a especialista.
O que fazer em caso de reação alérgica?
Se houver suspeita de alergia alimentar, é essencial interromper o consumo do alimento imediatamente. Para reações leves, um anti-histamínico pode aliviar os sintomas. Já nos casos graves, a adrenalina autoinjetável é o tratamento recomendado.
🔴 Importante: Pacientes com alergias graves devem portar uma “caneta” de adrenalina para emergências e saber como utilizá-la corretamente.
Conclusão
A alergia alimentar pode ter impactos significativos na saúde e qualidade de vida. Por isso, diagnóstico precoce, acompanhamento médico e um plano de ação adequado são fundamentais para garantir a segurança dos pacientes.