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Brasil apresenta prioridades para sua presidência no Brics em 2025

País deve focar na produção de vacinas, governança global e mudanças climáticas
BRICS
Foto: Arte EBC

O governo brasileiro divulgou, nesta quinta-feira (13), as principais diretrizes da sua presidência à frente do Brics em 2025. O documento, disponibilizado em um site recém-lançado, destaca a importância da cooperação entre países do Sul Global e do fortalecimento de parcerias para o desenvolvimento social. Entre os temas prioritários, estão a produção de medicamentos e vacinas, a governança da inteligência artificial, o financiamento climático e a reforma das instituições multilaterais.

🌍 Reformas e fortalecimento do multilateralismo

O Brasil defenderá mudanças na estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU) e na governança de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI). A proposta visa garantir maior representatividade dos países emergentes e fortalecer a atuação do bloco em questões econômicas e sociais.

A reforma da ONU tem sido uma pauta recorrente da diplomacia brasileira, que busca ampliar o protagonismo dos países do Sul Global na governança internacional.

💉 Saúde e produção de vacinas como prioridade

A cooperação em saúde global será um dos temas centrais da presidência brasileira no Brics. O país pretende impulsionar investimentos em pesquisa e produção de medicamentos e vacinas, visando maior autonomia dos países do bloco na área da saúde.

O fortalecimento de cadeias de produção farmacêutica nos países do Brics pode reduzir a dependência externa e facilitar o acesso a tratamentos essenciais.

🌱 Compromisso com a sustentabilidade e o clima

A pauta ambiental também terá destaque, especialmente porque o Brasil sediará, em 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30). O documento divulgado reforça o compromisso do país com o financiamento climático e a redução das desigualdades ambientais.

O Brics tem buscado soluções conjuntas para a mitigação dos impactos ambientais, com iniciativas voltadas para energia renovável e desenvolvimento sustentável.

🤖 Inteligência artificial e proteção de dados

Outro ponto relevante da presidência brasileira será a governança da inteligência artificial (IA). O documento menciona a necessidade de diretrizes claras para uso ético, seguro e responsável da tecnologia, garantindo a proteção de dados pessoais e a integridade das informações.

Diante do avanço da IA no mundo, a regulação do setor se tornou um tema urgente para garantir que seu uso beneficie a sociedade sem prejudicar a privacidade dos cidadãos.

🔎 Expansão do Brics e fortalecimento do bloco

Nos últimos anos, o Brics tem expandido sua atuação, com a inclusão de seis novos membros:

🔹 Arábia Saudita
🔹 Egito
🔹 Emirados Árabes Unidos
🔹 Etiópia
🔹 Indonésia
🔹 Irã

Além disso, países como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram admitidos como parceiros estratégicos.

Essa ampliação fortalece o bloco e aumenta sua influência no cenário internacional, consolidando o Brics como uma alternativa às tradicionais organizações multilaterais.

📅 Cúpula do Brics será no Rio de Janeiro

A cada ano, o país que assume a presidência do Brics organiza a Cúpula de Chefes de Estado, reunindo líderes dos países membros. Em 2025, o encontro acontecerá no Rio de Janeiro, sendo precedido por uma série de eventos governamentais e empresariais.

O Brasil já sediou três edições da cúpula: Brasília (2010 e 2019) e Fortaleza (2014). O tema deste ano será “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável”.

🎯 Conclusão

Com temas como saúde, sustentabilidade, tecnologia e governança global, o Brasil assume a presidência do Brics em um momento estratégico. O país busca consolidar a influência do bloco no cenário internacional e ampliar a cooperação entre os países emergentes.

O fortalecimento das instituições multilaterais, a expansão do bloco e os investimentos em inovação e meio ambiente serão prioridades, reforçando o papel do Brics como agente de transformação global.