Dos 93 idosos acima de 60 anos que morreram de covid-19 no Distrito Federal, entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro, 79 (82,3%) não tinham recebido três doses da vacina contra a covid-19
Circula na internet imagem que mostra ocorrência de 16 óbitos de covid-19 no Distrito Federal, em 14 de fevereiro deste ano, todos de pessoas com duas doses de vacina ou dose de reforço. De acordo com a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis, a imagem desinforma a população e não contextualiza os dados.
O primeiro aspecto a ser observado é que, dos 16 óbitos registrados, 14 referem-se a pessoas que não tomaram a dose de reforço. Todas tinham mais de 50 anos, a metade mais de 80, e deveriam ter tomado o reforço, conforme previsto no Programa Nacional de Imunizações. Três se enquadravam na categoria de imunossuprimidos e poderiam ter tomado até a quarta dose prevista para esse público. Os óbitos registrados no dia 14 também não se referem somente ao dia.
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De acordo com Priscilleyne Reis, é inadequado utilizar dados de um único dia para induzir a população a tirar alguma conclusão. O fato é que dos 93 idosos acima de 60 anos que morreram de covid-19 no Distrito Federal, entre 1º de janeiro e 7 de fevereiro, 79 (82,3%) não tinham recebido três doses da vacina contra a covid-19 e 14 haviam completado o ciclo vacinal. A taxa de mortalidade do primeiro grupo ficou em 164,20 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto no segundo grupo foi de 4,9 por 100 mil habitantes.
“Fica bem clara a importância da vacinação e a urgência para que todos procurem a dose de reforço de maneira oportuna”, ressalta a chefe do Cievs-DF. Para a servidora, o principal alerta a ser feito é de que aproximadamente 14,4% dos idosos do Distrito Federal não receberam ainda as três doses da vacina.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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