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Uganda confirma surto de ebola após primeira morte registrada

Surto de Ebola

Imagem meramente ilustrativa / Pixabay

O Ministério da Saúde de Uganda confirmou, nesta quinta-feira (30), um surto de ebola na capital Kampala. A declaração veio um dia após a morte de um enfermeiro no Hospital Nacional de Referência Mulago, onde trabalhava. Este é o nono surto da doença registrado no país desde o ano 2000.

As autoridades sanitárias intensificaram o monitoramento para rastrear possíveis novos casos e conter a disseminação do vírus. Pelo menos 44 pessoas tiveram contato com a vítima, incluindo 30 profissionais de saúde, e estão sendo acompanhadas de perto.

O que se sabe sobre o caso?

A vítima, um enfermeiro ugandense, procurou atendimento médico após apresentar sintomas compatíveis com a febre hemorrágica, como febre alta, dor de cabeça e sangramentos. Ele foi atendido em diferentes unidades de saúde antes de ser internado em estado grave.

De acordo com o Ministério da Saúde, exames laboratoriais confirmaram que ele foi infectado pela cepa do Sudão, uma das variantes do vírus ebola. A causa da morte foi uma falência de múltiplos órgãos, decorrente da infecção.

O ebola e seus riscos

O vírus ebola é altamente infeccioso e pode ser fatal em até 90% dos casos, dependendo da variante. A transmissão ocorre por meio do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, saliva, vômito e suor.

Principais sintomas do ebola:

✅ Febre alta e súbita
✅ Dor de cabeça intensa
✅ Dores musculares e fraqueza
✅ Náuseas e vômito, muitas vezes com sangue
✅ Sangramentos internos e externos

O último surto de ebola em Uganda ocorreu entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, durando quatro meses. Na ocasião, 143 pessoas foram infectadas e 55 morreram, incluindo seis profissionais de saúde.

República Democrática do Congo investiga possíveis casos

A República Democrática do Congo (RDC) também está em alerta e investiga 12 casos suspeitos de ebola no noroeste do país, na província de Equateur. Desses, sete pessoas já morreram, segundo o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África).

Os primeiros exames realizados na capital provincial deram negativo para ebola, mas novas análises estão sendo feitas em Kinshasa, capital do país. O diretor-geral do CDC África, Jean Kaseya, afirmou que aguarda a confirmação laboratorial e torce para que não seja um novo surto.

“Espero que não confirmemos esse surto, porque será muito para este país”, declarou.

A RDC já enfrentou mais de 12 surtos de ebola no passado. O segundo maior surto da história do país ocorreu entre 2018 e 2020, resultando em quase 2.300 mortes.

Medidas de contenção e monitoramento

Diante da nova ameaça, o governo de Uganda intensificou as ações de rastreamento de contatos e ampliou as medidas de segurança sanitária nos hospitais. Equipes de saúde estão sendo treinadas para lidar com possíveis novos casos e evitar a propagação da doença.

As autoridades recomendam que a população mantenha a higiene rigorosa, evite contato com pessoas infectadas e procure atendimento médico imediato caso apresente sintomas.

Prevenção e controle do ebola

✅ Uso de equipamentos de proteção para profissionais de saúde
✅ Isolamento imediato de pacientes infectados
✅ Rigoroso controle sanitário em hospitais e comunidades afetadas
✅ Monitoramento de contatos próximos das vítimas

Perspectivas para o futuro

Embora Uganda já tenha enfrentado surtos anteriores, a rápida resposta das autoridades pode ser um fator decisivo para evitar uma crise de saúde pública. O país já tem experiência no controle da doença, mas a colaboração internacional será essencial para conter o avanço do vírus.

As equipes de vigilância continuam em alerta e novas atualizações devem ser divulgadas conforme os testes laboratoriais forem concluídos.

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