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Trump afirma que EUA não garantirão segurança à Ucrânia

Zelensky

Foto: Reprodução / Instagram

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (27/2) que não garantirá a segurança da Ucrânia na guerra contra a Rússia. Segundo ele, essa responsabilidade cabe à Europa e não aos EUA.

A declaração foi feita um dia antes do encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que visitará a Casa Branca para discutir um acordo preliminar envolvendo recursos minerais.

Trump reforça posição sobre apoio à Ucrânia

Durante uma entrevista coletiva, Trump reforçou sua visão de que os EUA já contribuíram significativamente para a defesa ucraniana e que a Europa precisa assumir um papel mais ativo.

“Não vou dar garantias de segurança além de muito. Vamos deixar a Europa fazer isso”, afirmou o presidente.

O comentário ocorre em meio a discussões sobre a renovação do apoio militar norte-americano à Ucrânia. Desde o início da guerra, os EUA já enviaram mais de US$ 88 bilhões em ajuda ao país, grande parte destinada a equipamentos militares.

Acordo sobre minerais entra na pauta

O encontro entre Trump e Zelensky, marcado para sexta-feira (28/2), será focado em um acordo de exploração de minerais ucranianos. O governo norte-americano pretende acessar entre US$ 350 bilhões e US$ 500 bilhões em recursos minerais, como forma de compensação pela assistência fornecida à Ucrânia.

No entanto, Zelensky já se manifestou contra essa ideia, afirmando que seu país não é devedor dos EUA e que ceder tais recursos seria injusto.

Europa busca manter apoio militar dos EUA

A declaração de Trump veio no mesmo dia em que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chegou aos EUA para discutir o futuro do apoio militar à Ucrânia.

Starmer deseja que Trump garanta a segurança da Ucrânia caso um acordo de paz seja firmado. Ele destacou que o Reino Unido está disposto a contribuir com tropas para uma missão europeia de manutenção da paz, mas que a iniciativa só seria eficaz com o apoio logístico e aéreo dos EUA.

“Precisamos de garantias claras de que os EUA continuarão fornecendo suporte estratégico para manter a estabilidade na Ucrânia e conter a Rússia”, disse o premiê britânico.

Tensão cresce entre EUA e aliados europeus

As falas de Trump reforçam sua postura mais alinhada à Rússia, algo que já era esperado desde sua campanha presidencial. Ele já havia sinalizado que, caso reeleito, reduziria ao máximo o envolvimento dos EUA no conflito.

A mudança de posicionamento gera preocupações entre líderes europeus, que temem um enfraquecimento da frente ocidental de apoio à Ucrânia. Com isso, cresce a pressão para que a Europa amplie sua atuação na defesa do país.

A visita de Zelensky a Washington será decisiva para definir o futuro da parceria entre EUA e Ucrânia e pode ter impacto direto na estratégia militar ucraniana nos próximos meses.

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