O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, garantindo acesso a milhares de pessoas. Nesta terça-feira (15), várias entidades de saúde reafirmaram a segurança e a eficácia dos transplantes, especialmente após relatos de contaminação envolvendo pacientes no Rio de Janeiro. A história de Claudio Cezar Alves da Silva, de 58 anos, exemplifica como o transplante pode transformar vidas.
Um Novo Começo
Claudio, que teve problemas renais desde 1994, precisou realizar hemodiálise regularmente. Em um processo longo e desafiador, ele conseguiu um transplante de rim e, desde então, tem sido um defensor do Sistema Nacional de Transplantes. Ele é o presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro. “O sistema tem credibilidade”, afirma ele, que já está na fila para um terceiro transplante.
Confiança e Recuperação
“Graças a Deus, a hemodiálise me mantinha vivo, mas nada se compara à liberdade que o transplante me deu”, diz Claudio. Ele enfatiza a importância dos cuidados diários para a saúde do órgão transplantado, como alimentação adequada e exercícios físicos. Claudio se mostrou surpreso com as notícias sobre infecções por HIV em pacientes transplantados, mas acredita que erros acontecem. “Isso não vai me abalar. Vou continuar lutando e incentivando outros a buscarem ajuda”, afirma.
Sistema Nacional de Transplantes
O Sistema Nacional de Transplantes, administrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é responsável por aproximadamente 88% dos transplantes no Brasil. Ele é um pilar crucial para a saúde pública, salvando vidas e devolvendo a qualidade de vida a muitos brasileiros. Com mais de 44.777 pessoas na lista de espera por um transplante, a maioria delas à espera de um rim, o sistema tem mostrado resultados positivos e impactantes.
Resposta das Entidades de Saúde
Após os recentes incidentes no Rio de Janeiro, entidades médicas e de saúde defenderam o sistema com veemência. O presidente da Sociedade Brasileira de Córnea (SBC), José Álvaro, destacou a eficácia do sistema: “Ele tem salvado a vida de milhões de pessoas e devolvido a visão a milhares.” Ele explica que o transplante de córnea, por exemplo, não envolve vasos sanguíneos, o que minimiza os riscos de infecção.
Um Futuro Promissor
O Ministério da Saúde reitera que a confiança no sistema é fundamental. O caso do Rio de Janeiro é investigado, mas não deve comprometer a credibilidade do programa. Os transplantes de órgãos e tecidos são essenciais para a saúde pública e, por isso, as entidades continuam trabalhando para garantir sua segurança e eficácia.
As histórias de vida de pacientes como Claudio são uma prova do impacto positivo dos transplantes. “O sucesso do sistema é visível na vida de cada um de nós que passou por isso”, conclui Claudio, incentivando mais pessoas a acreditar no potencial do Sistema Nacional de Transplantes.