Pai busca justiça e cobra medidas de segurança
A trágica morte de Sarah Raíssa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, causou forte comoção em todo o Distrito Federal. Ela inalou gás de desodorante após assistir a um desafio em um aplicativo de vídeos. Então, entrou em parada cardiorrespiratória e não resistiu.
O pai da menina, Cássio Maurilio, responsabiliza tanto o aplicativo quanto a marca do desodorante. Ele afirma que ambos falharam em proteger os usuários. Por isso, anunciou que vai processá-los.
Além disso, ele critica a ausência de alertas claros na embalagem do produto. Segundo Cássio, o rótulo não informa de maneira visível os riscos de inalação.
Polícia investiga origem do vídeo e autor do conteúdo
A Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito para apurar o caso. Inicialmente, o desafio foi atribuído ao TikTok. No entanto, familiares afirmaram que o vídeo teria sido visto no aplicativo Kwai.
Durante o velório, a tia de Sarah reforçou essa informação. Ainda assim, a polícia segue investigando a plataforma exata. Enquanto isso, tenta identificar o responsável pelo conteúdo.
O delegado João Ataliba Neto explicou que, se identificado, o autor poderá responder por homicídio duplamente qualificado. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Além disso, a rede social poderá ser oficiada para fornecer informações sobre quem criou e compartilhou o vídeo.
Entenda o que aconteceu com Sarah Raíssa
Na quinta-feira (10/4), Sarah inalou o desodorante Old Spice enquanto repetia o desafio. Pouco depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia.
Os médicos conseguiram reanimá-la após uma hora de tentativas. No entanto, ela não voltou a responder aos estímulos. A morte cerebral foi confirmada no domingo (13/4).
A avó da menina a encontrou desacordada no sofá, com o frasco ao lado. Então, percebeu que algo estava errado e chamou por ajuda.
Comoção no velório e homenagens na escola
O corpo de Sarah foi velado no Cemitério de Taguatinga. Familiares, amigos e colegas de escola prestaram suas últimas homenagens.
A professora Izabella Nogueira disse que Sarah era uma aluna doce e sonhadora. Ela queria ser médica para salvar vidas.
Segundo o pai, Sarah estudava com dedicação e tinha o sonho de ajudar outras pessoas. “Ela não queria dinheiro. Queria salvar vidas”, contou Cássio, emocionado.
Caso levanta debate sobre responsabilidade digital
A tragédia gerou debate sobre a responsabilidade de empresas e plataformas digitais. Por isso, especialistas pedem mais controle sobre o conteúdo acessado por crianças.
Além disso, defendem que produtos perigosos devem exibir alertas mais evidentes em suas embalagens. Afinal, a prevenção ainda é o caminho mais eficaz para salvar vidas.
Cássio prometeu lutar para que a história da filha não caia no esquecimento. “Se minhas palavras evitarem outra tragédia, já terei cumprido meu papel”, afirmou. conteúdo acessado por crianças. O episódio mostra que vídeos aparentemente inofensivos podem causar tragédias irreparáveis.firmou.