Na noite da última sexta-feira, dia 7 de novembro, o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, foi atingido por um poderoso tornado classificado como F3, causando uma devastação sem precedentes que resultou na destruição de aproximadamente 90% da cidade. Este evento trágico ceifou a vida de seis pessoas e deixou 432 indivíduos feridos, além de um rastro de desolação por toda a região Centro-Sul do estado.
A Escala da Catástrofe e a Força do Tornado
As imagens aéreas que surgiram após o desastre revelam um cenário de destruição massiva em Rio Bonito do Iguaçu, com bairros inteiros completamente arrasados. Conforme dados atualizados pela Defesa Civil, a infraestrutura urbana da cidade sofreu danos extensos, impactando uma área que corresponde a quase a totalidade do município. Além das vítimas fatais e dos centenas de feridos, duas pessoas permanecem desaparecidas, intensificando a angústia na comunidade local.
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) classificou o fenômeno como um tornado de categoria F3, caracterizado por ventos extremamente fortes, que alcançaram velocidades de até 250 quilômetros por hora. Portanto, a magnitude da tempestade justifica a extensão dos estragos observados, transformando paisagens familiares em ruínas em questão de minutos.
Respostas Governamentais e os Primeiros Socorros
Diante da gravidade da situação, o governador do Paraná, Ratinho Junior, rapidamente anunciou que está avaliando a decretação de estado de emergência para Rio Bonito do Iguaçu. Esta medida é crucial, pois facilitará a mobilização de recursos e agilizará os esforços de reconstrução nas áreas mais afetadas pela tempestade. Em suas declarações, o governador ressaltou a urgência do apoio à população.
Ele destacou, por exemplo, que “em Rio Bonito do Iguaçu, praticamente, as pessoas hoje não têm onde dormir mais. Nós já estamos preparando desde ontem à noite alojamentos”, evidenciando a imediata preocupação com o amparo aos desabrigados. Além disso, Ratinho Junior informou que o Simepar prossegue com estudos detalhados para determinar a força exata do fenômeno, o que pode fornecer mais informações sobre sua intensidade.
O governador também contextualizou a raridade do evento, afirmando que “nos últimos 30, 40 anos não tinha se visto um tornado com essa força. Difícil realmente que alguma casa, até mesmo algum prédio comercial, tenha ficado de pé”. Ele descreveu a cena com detalhes vívidos, mencionando a queda de “silos gigantescos” e “postos de gasolina”, concluindo que “foi uma catástrofe sem muito precedente na história do estado do Paraná”. Esta fala sublinha a excepcionalidade e a gravidade da tragédia.
Esforços de Reconstrução e Desafios da Recuperação
Em resposta à catástrofe, equipes do governo federal foram prontamente enviadas ao local para oferecer assistência direta às vítimas e, simultaneamente, iniciar a avaliação das áreas atingidas para planejar a reconstrução. A infraestrutura básica sofreu impactos significativos; houve colapsos estruturais generalizados, danos severos à malha viária e à rede elétrica, o que, consequentemente, deixou grande parte da população sem energia. A interrupção de serviços essenciais agrava ainda mais o cenário de crise.
Por outro lado, a rede de saúde local foi severamente sobrecarregada. O hospital de Laranjeiras do Sul, cidade vizinha a Rio Bonito do Iguaçu, recebeu um grande número de pacientes, atendendo a mais de 200 pessoas em um curto período. Nove dessas pessoas estão com ferimentos considerados graves, necessitando de cuidados intensivos. Portanto, os esforços de recuperação não se limitam apenas à infraestrutura, mas também à garantia de assistência médica e social contínua para os afetados.
Em suma, a tragédia em Rio Bonito do Iguaçu representa um desafio imenso para as autoridades e a comunidade. A união de esforços entre os níveis governamentais e a solidariedade da população são fundamentais para superar este momento de crise e iniciar o longo caminho da reconstrução e recuperação.



