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Técnicos do Zoo de Cali aprendem técnicas de manejo animal do DF

Uma equipe do Zoológico de Cali, na Colômbia, está visitando o Zoo de Brasília durante toda esta semana para conhecer formas de manejo animal praticadas pela instituição do DF. A vinda dos técnicos à cidade faz parte de um intercâmbio para a troca de experiências entre as duas unidades. O Zoológico de Brasília é reconhecido, dentro e fora do Brasil, por ser referência em bem-estar animal.

Equipe do Zoológico de Cali, na Colômbia, acompanhou a alimentação de animais no Zoológico de Brasília, nesta quarta-feira (23) de manhã | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A diretora-presidente da instituição, Eleutéria Guerra, destacou a preocupação dos servidores com a qualidade de vida dos animais. “Hoje a concepção dos zoológicos é a de conservação animal, e não de exposição”, destacou a diretora.

O grupo que visita o Zoo de Brasília é composto por cinco técnicos, que são biólogos, veterinários e ecólogos. Na segunda-feira (21), os visitantes conheceram o zoológico, o setor de nutrição e o Hospital Veterinário. Na terça-feira (22), teve início uma interação maior com mamíferos, aves e répteis, visita ao berçário e apresentação dos programas habitacionais aos visitantes. O encontro termina na sexta-feira (25), com uma apresentação dos técnicos de Cali.

A superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico de Brasília, Luísa Helena Rocha, diz que o método de condicionamento é usado para facilitar o trabalho e reduzir o estresse dos animais

Nesta quarta-feira (23), a equipe acompanhou a alimentação dos hipopótamos, da girafa e da elefanta, que receberam tratamento de rotina e assepsia sem a necessidade de sedativos ou contenções. A técnica consiste em os animais atenderem aos comandos de biólogos e tratadores e serem recompensados com os alimentos prediletos.

“Dois funcionários do Zoológico de Brasília foram a Cali conhecer nosso trabalho e agora estamos aqui, muito felizes de conhecer essa equipe técnica, que é maravilhosa. Aprendemos muito”, disse a chefe do Departamento de Saúde do Zoológico de Cali, Juliana Peña Stadin.

O chefe de Populações do Zoológico de Cali, Carlos Galvis, disse que a experiência em Brasília tem sido muito boa. “É importante que, entre instituições, possamos aprender os processos. Isso permite o crescimento dos dois zoológicos e os animais serão os beneficiados pelo conhecimento recebido. Temos aproveitado muito”, destacou Carlos Galvis.

Os chefes dos departamentos de Populações, Carlos Galvis, e de Saúde, Juliana Peña Stadin, do Zoológico de Cali

Eleutéria Guerra destacou a expansão do trabalho de bem-estar animal no zoológico de Brasília. “Quando chegamos aqui em 2019, existia um Núcleo de Bem-Estar com uma pessoa trabalhando e também alguns tratadores terceirizados. Esse setor ganhou importância e passou a ser mais valorizado e hoje é uma Gerência de Bem-Estar, com o objetivo de valorizar as ações e os profissionais. Agora buscamos transformar o setor em uma Diretoria de Bem-Estar para ampliar as atividades e continuar sendo referência e valorizar esse trabalho”.

A superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico de Brasília, Luísa Helena Rocha, disse que o acordo de cooperação entre países existe desde 2018. “Nós temos acordos com o Zoológico de Cali e um da Bolívia. As programações preveem visitas de técnicos. A ida dos técnicos daqui a Cali foi muito proveitosa. Neste segundo momento, recebemos os de lá”, explicou.

“O método de condicionamento é usado para facilitar o nosso trabalho e reduzir o estresse dos animais na medida em que for necessário realizar algum manejo. Com os animais sendo condicionados, é muito mais fácil administrar medicamentos, pedir para que eles entrem nos recintos e tenham comportamentos que sejam interessantes para nós e para eles, sem que se estressem. Nem todos os animais reagem da mesma forma, cada um responde dentro do seu tempo, mas nós privilegiamos o bem-estar animal”, explicou Luísa Helena.

Segundo ela, o bem-estar animal é o que se preconiza e se busca em todos os zoológicos. “Os animais estão aqui para uma atividade de conservação, muitos deles por serem ameaçados de extinção e necessitarem desses cuidados. Procuramos fazer uma ambientação do local para que seja o mais parecido com o que os animais vivem na natureza, para que eles possam se exercitar e não percam os hábitos que tinham no seu habitat”, destacou.

Técnicos do Zoo de Cali aprendem técnicas de manejo animal do DF

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