Edição Brasília

STF recebe defesas de 17 acusados em trama golpista

Ex-presidente Bolsonaro e outros envolvidos apresentam argumentos; julgamento será definido em breve
Supremo Tribunal Federal
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Apresentação das defesas ao STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, até esta quinta-feira (6), as defesas de 17 dos 34 denunciados por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os que já apresentaram suas manifestações estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O prazo para a entrega das defesas termina hoje às 23h59.

Conteúdo das manifestações

Nas defesas apresentadas, os acusados negam participação na alegada trama golpista e argumentam que não tiveram acesso completo às provas da investigação. Além disso, solicitam a substituição do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e pedem que o julgamento seja realizado pelo plenário do STF, e não pela Primeira Turma.

Próximos passos no julgamento

Após o recebimento de todas as defesas, o STF agendará o julgamento das denúncias. A Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, será responsável por analisar o caso. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. A expectativa é que o julgamento ocorra ainda no primeiro semestre de 2025.

Contexto das investigações

As investigações, iniciadas em 2024, revelaram indícios de que o grupo planejava ações contra autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes. Entre os suspeitos presos estão militares do Exército Brasileiro e um policial federal. O plano envolvia o uso de veículos oficiais para monitoramento e ações de inteligência contra os alvos.

Desdobramentos recentes

Em fevereiro de 2025, áudios divulgados pela Polícia Federal indicaram a atuação de um agente acusado de vazar informações sobre a segurança do presidente Lula durante a transição de governo, ocorrida em novembro de 2022.

Implicações para a democracia brasileira

Este processo judicial representa um marco na história democrática do Brasil, reforçando o compromisso das instituições com a transparência e a justiça. A sociedade acompanha atentamente os desdobramentos, na expectativa de que o devido processo legal seja cumprido e que os responsáveis sejam devidamente julgados.