Supremo confirma prisão com maioria sólida
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello nesta segunda-feira (28/4). Seis ministros votaram para manter a detenção, enquanto quatro discordaram.
O julgamento aconteceu no plenário virtual e concluiu rapidamente o impasse. Assim, Collor continua detido no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), ocupando uma cela individual.
Essa decisão fortalece a credibilidade do sistema judicial e envia uma mensagem clara sobre a responsabilidade pública.
Ministros divergiram, mas maioria prevaleceu
Apesar da maioria formada, alguns ministros apresentaram votos divergentes. Gilmar Mendes, Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques se manifestaram contra a prisão imediata.
Gilmar Mendes defendeu que os embargos infringentes deveriam ser aceitos porque havia divergência relevante sobre a dosimetria da pena. Além disso, André Mendonça argumentou que o direito de defesa deveria prevalecer, pois existiam quatro votos divergentes.
Mesmo assim, a maioria optou por seguir o relator, Alexandre de Moraes. Então, a decisão consolidou o entendimento de que não havia espaço para os recursos apresentados pela defesa.
Condenação envolve corrupção e lavagem de dinheiro
Fernando Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão. A sentença apontou que ele recebeu R$ 20 milhões para facilitar contratos entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia.
Esses contratos, segundo a denúncia, dependiam do apoio político oferecido por Collor para indicar e manter diretores na estatal. Além dele, dois empresários também receberam sentenças condenatórias relacionadas ao caso.
Assim, a decisão representa um marco importante na punição de práticas corruptas em contratos públicos.
Defesa busca prisão domiciliar
A defesa de Collor apresentou um pedido para substituir o regime fechado por prisão domiciliar. O ministro Alexandre de Moraes encaminhou o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), que emitirá um parecer.
Enquanto isso, Collor permanece no presídio de Maceió. A Justiça age de maneira firme, demonstrando compromisso com a legalidade e a ordem institucional.
Justiça avança no fortalecimento institucional
O resultado do julgamento reforça que ninguém está acima da lei. Mesmo figuras históricas, como um ex-presidente, devem responder por seus atos conforme a legislação.
Portanto, o episódio sinaliza um avanço para a democracia brasileira e traz otimismo sobre a solidez das instituições judiciais.