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STF confirma liberação de emendas parlamentares com transparência e rastreabilidade

Inquérito STF

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil/Arquivo

Decisão reforça compromisso com a legalidade e transparência

Nesta segunda-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por maioria, a decisão do ministro Flávio Dino de liberar o pagamento de emendas parlamentares com exigências de transparência e rastreabilidade. A sessão, realizada no plenário virtual, contou com o voto de seis dos 11 ministros a favor da manutenção da medida, que visa garantir maior controle na aplicação dos recursos públicos.

Além de Dino, relator do caso, acompanharam a decisão os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. A votação permanecerá aberta até as 23h59 desta terça-feira (3), mas já demonstra tendência de confirmação.

Entenda o caso das emendas parlamentares

O debate sobre as emendas RP8 e RP9, conhecidas como “orçamento secreto”, surgiu em dezembro de 2022, quando o STF declarou sua inconstitucionalidade por falta de transparência e controle. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou uma nova resolução em 2023, buscando atender às exigências da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que ajuizou a ação, argumentou que a norma ainda não cumpria integralmente as determinações judiciais. Após assumir o caso, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Flávio Dino determinou a suspensão das emendas em agosto e estipulou critérios rigorosos para sua aplicação.

A decisão também incluiu a obrigação de auditorias por parte da Controladoria-Geral da União (CGU), reforçando o acompanhamento sobre a destinação dos recursos.

Critérios garantem maior eficiência no uso dos recursos

A decisão do STF é clara: as emendas parlamentares estão liberadas, mas devem seguir parâmetros que garantam rastreabilidade e eficiência. Essa medida visa coibir irregularidades e assegurar que os valores atendam às demandas prioritárias da população.

“O controle e a transparência são pilares essenciais para que as emendas parlamentares cumpram seu papel constitucional, respeitando os princípios da administração pública”, declarou o ministro Flávio Dino.

Impacto e próximo passos

Com a confirmação da decisão, espera-se que a gestão das emendas ganhe mais segurança jurídica e maior alinhamento com os princípios constitucionais. Além disso, a atuação de órgãos de controle como a CGU será crucial para fiscalizar a aplicação dos recursos, evitando práticas irregulares.

A votação ainda segue no plenário virtual, mas a tendência de ampla aprovação pelos ministros reforça o impacto positivo da decisão para o aprimoramento da governança fiscal.

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