Edição Brasília

Saúde habilita 18 hospitais Amigo da Criança contra mortes de mães e bebês

Ministério da Saúde habilita 18 novos hospitais da rede Amigo da Criança e destina R$ 25 milhões para reduzir mortes maternas e neonatais no país.
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Foto: Imagens/TV Brasil

O Ministério da Saúde promoveu uma significativa ampliação na rede Hospital Amigo da Criança, habilitando mais 18 novas unidades e destinando um investimento de R$ 25 milhões. Esta medida estratégica busca impulsionar os esforços do país para mitigar as elevadas taxas de mortalidade materna e neonatal, um desafio persistente no cenário da saúde pública brasileira.

Ações Essenciais para Redução da Mortalidade

Dados recentes do próprio ministério revelam a urgência da situação: somente em 2023, o Brasil registrou alarmantes 1.325 mortes maternas e 40.025 óbitos neonatais. Anteriormente, a razão de mortalidade materna atingiu 117 por 100 mil nascidos vivos em 2021, um pico atribuído ao impacto da pandemia. Entretanto, este índice demonstrou uma melhora notável, caindo para 55,3 em 2023, o que ressalta a importância de intervenções contínuas.

Além disso, o aporte financeiro para a iniciativa foi substancialmente elevado, passando de R$ 12 milhões para R$ 25 milhões anuais, o que fortalece as ações em desenvolvimento. Com a inclusão das novas unidades, o Brasil agora conta com 335 hospitais Amigo da Criança distribuídos em 26 estados, expandindo significativamente a cobertura da rede.

Paralelamente, 56 hospitais passam por um processo de atualização em seu código de habilitação. Esta atualização, conforme explicado pela pasta, amplia o escopo da rede ao incorporar o programa “Cuidado Amigo da Mulher”. Consequentemente, a iniciativa assegura a permanência tanto da mãe quanto do pai junto ao recém-nascido em situações de risco, promovendo um ambiente mais acolhedor e familiar durante um período crítico.

Compromisso Governamental e Humanização do Cuidado

O anúncio destas novas unidades foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na última sexta-feira (24), durante uma visita ao Hospital Universitário de Brasília (HUB). Na ocasião, o ministro destacou o HUB como um modelo de instituição Amiga da Criança, evidenciando as práticas exemplares de cuidado ali implementadas.

De fato, o ministro enfatizou a importância do acolhimento humanizado. Ele observou que no HUB, “o cuidado humanizado se manifesta em cada detalhe, na dedicação das equipes e na formação de profissionais que valorizam a acolhida”. Ele ainda complementou que “a pediatria nos oferece lições valiosas sobre empatia e escuta ativa, desde o gesto de se abaixar para conversar com uma criança até a compreensão do papel fundamental da família nesse processo de cuidado”.

Em nota oficial, o Ministério da Saúde comunicou que, através da habilitação dessas novas unidades, o governo reafirma seu reconhecimento a práticas de cuidado humanizado. Tais práticas são cruciais para o fortalecimento da atenção integral à saúde, abrangendo desde o momento do parto até os primeiros dias de vida do bebê. Ademais, é importante ressaltar que o país já enfrentou condenações da ONU por negligência em casos de mortes maternas, o que sublinha a necessidade urgente de aprimorar os serviços.

O programa Hospital Amigo da Criança, instituído em 1992, integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. Esta política abrange também outras iniciativas relevantes, como a Rede Alyne, lançada em 2024. A Rede Alyne estabelece a meta ambiciosa de reduzir em 25% as mortes maternas até 2027, por meio da expansão de exames pré-natais e do financiamento de leitos e bancos de leite humano.

Portanto, a ampliação e o fortalecimento do programa Amigo da Criança, juntamente com o aumento do investimento, representam um passo crucial na busca por melhores indicadores de saúde para mães e bebês no Brasil. Consequentemente, estas ações reforçam o compromisso em promover um cuidado mais humanizado e eficaz em todo o território nacional.