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São Paulo amplia oferta de canabidiol no SUS para mais de 30 doenças

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou nesta segunda (25) a ampliação da oferta de canabidiol no SUS. A substância será usada para tratar mais de 30 doenças, tornando o acesso mais fácil na rede pública da capital.
Canabidiol SUS São Paulo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (25), uma significativa ampliação no acesso a medicamentos à base de canabidiol (CBD) via Sistema Único de Saúde (SUS). Esta medida histórica facilitará o tratamento de mais de trinta tipos de doenças e transtornos na rede pública da capital paulista, marcando um avanço importante na medicina e na saúde pública.

Acesso Ampliado e Alívio para Pacientes

Anteriormente, muitos pacientes enfrentavam longos e burocráticos processos judiciais para conseguir o acesso ao tratamento com canabidiol. Agora, entretanto, a iniciativa municipal simplifica drasticamente a obtenção de prescrições médicas e, consequentemente, dos medicamentos. Além disso, a nova política visa prioritariamente aqueles com quadros clínicos graves ou refratários aos tratamentos convencionais, buscando oferecer uma alternativa terapêutica eficaz.

Diversas condições de saúde serão contempladas por essa ampliação. Por exemplo, a lista inclui epilepsias de difícil controle, dores crônicas persistentes, uma variedade de doenças neurodegenerativas, o transtorno do espectro autista (TEA) e certas patologias reumatológicas. Desse modo, a expectativa é proporcionar um alívio considerável e melhorar a qualidade de vida para um grande número de cidadãos que vivem com essas condições debilitantes.

Critérios de Prescrição e Documentação Necessária

Para garantir a segurança e a eficácia do tratamento, apenas médicos devidamente habilitados e capacitados poderão prescrever o uso da cannabis medicinal. A Secretaria Municipal da Saúde, ciente da demanda crescente, informou que está investindo na capacitação contínua de seus profissionais da rede pública. Consequentemente, haverá um número maior de especialistas aptos a oferecer essa modalidade terapêutica aos pacientes necessitados.

Os medicamentos estarão disponíveis nas farmácias municipais de referência, selecionadas para esta finalidade. Para que o paciente possa retirar o canabidiol, é indispensável apresentar uma prescrição médica válida. Além disso, outros documentos exigidos incluem a notificação de receita B1 (de cor azul), um cartão SUS ou CPF, e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), garantindo a compreensão e adesão consciente ao tratamento. É possível consultar a lista das farmácias habilitadas através da plataforma “Remédio na Hora”, facilitando a busca pelo local mais conveniente.

Variedade de Formulações e Base Regulatória

A rede municipal de saúde disponibilizará cinco apresentações orais distintas de canabidiol. Entre elas, destacam-se as formulações Full Spectrum de 200mg/ml e 100mg/ml, que contêm até 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC), buscando um efeito de comitiva. Por outro lado, para pacientes que necessitam de produtos totalmente isentos de THC, estarão disponíveis as opções Broad Spectrum de 200mg/ml, 100mg/ml e 50mg/ml.

É crucial ressaltar que todas as diretrizes e orientações sobre o uso medicinal da cannabis estão em total conformidade com a legislação vigente no país. Além disso, a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serve como balizador para todas as práticas, assegurando a legalidade, a segurança e a qualidade dos produtos oferecidos. Portanto, a iniciativa de São Paulo alinha-se aos parâmetros nacionais, reforçando a legitimidade do tratamento.

Impacto e Perspectivas Futuras

A decisão da Secretaria Municipal da Saúde representa um marco significativo para o sistema público de saúde em São Paulo. Ela não apenas desburocratiza o acesso a um tratamento essencial, mas também reconhece o potencial terapêutico do canabidiol para um vasto espectro de condições. Dessa forma, a ampliação da oferta reflete um compromisso com a inovação e com a busca por soluções que melhorem a saúde e o bem-estar da população. Em conclusão, espera-se que essa medida inspire outras cidades e estados a seguir um caminho similar, expandindo ainda mais o acesso à cannabis medicinal no Brasil.

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