O barulho provocado pela construção do Túnel de Taguatinga impactou pouco, dentro dos limites, a rotina dos moradores da região. É o que mostra o relatório produzido pela equipe de monitoramento de ruídos que atua na obra. Um decibelímetro, equipamento semelhante a um microfone, é responsável pela medição do som ambiente em 12 pontos diferentes ao redor da passagem.
O monitoramento era feito diariamente no início da construção. “Era uma fase mais barulhenta, com escavação, uso de equipamentos pesados”, explica o engenheiro florestal Nelson Amaral, responsável pela supervisão ambiental na obra do Túnel de Taguatinga. “Agora, temos realizado medições a cada duas semanas”.
Limites
A análise dos dados coletados pelo decibelímetro tem como base a NBR 10151, criada em 2000. De acordo com a norma técnica, o ruído ambiente não deve ultrapassar os 65 decibéis durante o dia. No período da noite, o valor aceitável não pode ultrapassar os 55 decibéis.
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“Fizemos um monitoramento antes de as obras começarem para servir de ‘marco zero’ e descobrimos que os níveis já estavam acima do aceitável na região”, conta Nelson. “O trânsito nas marginais sul e norte do Túnel de Taguatinga está entre os principais causadores de ruídos. Boa parte do barulho da obra foi abafada pelo tráfego intenso”.
Além disso, o uso de tapumes ao redor da obra colaborou para impedir uma maior propagação do barulho. “Os relatórios apontam que a obra em si causou pouco impacto sonoro para a população, mas estávamos preparados para tomar providências caso o resultado das medições fosse negativo”, afirma Nelson. Regulagem de equipamentos e alteração nos horários de trabalho eram algumas das medidas cabíveis.
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