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Relatório sobre chacina em festa junina no Rio vai ao MP

Polícia Militar entrega relatório ao MP sobre chacina em festa junina no Rio. Um jovem morreu e cinco ficaram feridos após ação do Bope em comunidade do Catete.
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Foto: vozdascomunidades/Instagram

Relatório sobre Chacina em Festa Junina no Rio Entregue ao Ministério Público

O secretário de Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, entregou na terça-feira (10) ao procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, o relatório completo sobre a operação policial que resultou na morte de um jovem e deixou outros cinco feridos durante uma festa junina.

O incidente ocorreu na madrugada do último sábado (7), na comunidade Santo Amaro, localizada no Catete, zona sul da cidade. A tragédia marcou profundamente a população local, que participava de uma apresentação de quadrilhas juninas quando uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) invadiu o evento, resultando em disparos que vitimaram Herus Guimarães Mendes e deixaram cinco pessoas feridas.

Investigação em Andamento: Ministério Público Atua

Além do relatório da Polícia Militar, que detalha a atuação dos agentes envolvidos – 12 policiais militares, segundo informações preliminares – o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já havia iniciado uma investigação própria. Imediatamente após o ocorrido, na manhã de sábado, o procurador-geral de Justiça determinou a mobilização de equipes para apurar os fatos.

Para garantir uma investigação independente e robusta, um perito e três técnicos periciais do MPRJ foram ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar uma perícia completa no corpo da vítima. A perícia contou com o auxílio de tecnologias de ponta, como scanners de alta definição e equipamentos digitais avançados, para a obtenção de um laudo detalhado.

Em paralelo à entrega do relatório da PM, o MPRJ deu continuidade ao Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para esclarecer as circunstâncias da operação. As informações contidas no documento da Polícia Militar serão cuidadosamente analisadas pela equipe do Ministério Público como parte fundamental da investigação.

Presença de Alta Autoridades na Entrega do Relatório

A entrega do relatório à autoridade máxima do MPRJ contou com a presença de diversos oficiais da Polícia Militar. Além do secretário coronel Marcelo de Menezes Nogueira, estavam presentes o subsecretário-geral da PM, coronel Luciano Carvalho de Souza; o subsecretário de Gestão Operacional, coronel Ranulfo Souza Brandão Filho; o corregedor-geral da corporação, coronel Angelo da Costa Pereira; o responsável pela Primeira Delegacia de Polícia Judiciária Militar, tenente-coronel Alex Sandro da Silva; e a porta-voz da PM, tenente-coronel Claudia Moraes. A presença dessas autoridades demonstra a seriedade com que a Polícia Militar está tratando a investigação.

Consequências e Investigações Paralelas

Como consequência do incidente, policiais militares envolvidos na operação foram afastados de suas funções, aguardando o resultado das investigações. Diversas reportagens e artigos jornalísticos abordam diferentes aspectos do caso, incluindo o inquérito próprio do MPRJ e as consequências para os policiais envolvidos. A repercussão do evento tem sido ampla, e a sociedade cobra respostas sobre o ocorrido.

Em conclusão, a entrega do relatório da Polícia Militar ao Ministério Público representa um passo crucial na busca pela verdade sobre a tragédia na festa junina do Catete. A investigação, que abrange perícias independentes e um PIC detalhado, promete esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, se comprovada a culpa. A expectativa é que a justiça seja feita e que medidas sejam tomadas para prevenir futuros eventos similares.