Comunidade de Taguatinga participa da construção de sua própria história
O projeto “Só Taguá Tem” começara sua jornada de escuta no dia 10 de abril, com um convite aberto à população de Taguatinga. A proposta é clara: mapear, valorizar e divulgar os patrimônios culturais da cidade, com base na participação direta da comunidade.
Ao longo do mês, quatro encontros reúnem moradores, artistas, estudantes, professores e líderes comunitários em rodas de conversa. O objetivo é compreender quais memórias, saberes e práticas representam o que só Taguatinga tem.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realiza o projeto em parceria com o Instituto SOMA Cidadania Criativa, com financiamento de emenda parlamentar do deputado federal Reginaldo Veras.
Encontros promovem escuta ativa e diversidade
Os encontros ocorrem entre os dias 10 e 28 de abril, em diferentes espaços culturais da cidade. A ideia é facilitar o acesso e garantir a diversidade nas falas.
No dia 10, a primeira conversa acontecerá no Centro Cultural SESI, às 19h. Depois, no dia 23, a Galeria Olho de Águia sediará a segunda roda, às 10h. Já o terceiro encontro será no Instituto Invenção Brasileira, no Mercado Sul, no sábado, 26, também às 10h. Por fim, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima recebe o grupo no dia 28, às 14h.
A entrada é gratuita, e não há necessidade de inscrição. Ao final de cada encontro, os organizadores oferecerão um lanche. Assim, os participantes podem trocar ideias em um ambiente acolhedor.
Etapas futuras envolvem escolas e produções culturais
O projeto segue até o fim do ano, com mais três fases previstas. A próxima etapa incluirá a criação de conteúdo para redes sociais e a produção de um mini-documentário com os relatos colhidos.
Depois, durante a Semana do Patrimônio, entre 18 e 22 de agosto, estudantes de escolas públicas participarão de atividades educativas. A fase final será a exibição do documentário, com a presença da comunidade que ajudou a construí-lo.
Dessa forma, o “Só Taguá Tem” transforma memória em legado, escuta em ação e cultura em política pública.
Patrimônio é o que se vive no cotidiano
Para o Iphan, o patrimônio cultural brasileiro não se limita a edifícios ou objetos históricos. Ele também inclui festas, receitas, modos de fazer e histórias contadas de geração em geração.
Por isso, o projeto dá protagonismo à comunidade local. Afinal, ninguém conhece melhor o valor das tradições do que quem as vive todos os dias.
Então, participar é mais do que falar: é preservar, reconhecer e celebrar tudo aquilo que faz de Taguatinga um lugar único.