Ícone do site Edição Brasília

Prisão decretada para Celsinho da Vila Vintém

Prisão Celsinho Vila Vintém

Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro/Divulgação

A Justiça decretou a prisão preventiva de Celso Luiz Rodrigues, 64 anos, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Prisão preventiva decretada para Celsinho da Vila Vintém

A decisão judicial atende a uma denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que acusa Celsinho de recompor sua aliança com o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do estado. A 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá acatou a denúncia e determinou a imediata prisão do réu.

Segundo o MPRJ, a estratégia de Celsinho envolveria a retomada do controle de territórios perdidos para grupos paramilitares, principalmente na região de Santa Cruz. Ele teria se aliado novamente ao Comando Vermelho, facção da qual havia se afastado no passado, com o objetivo de reconquistar áreas de influência em comunidades como a Vila Sapê, em Curicica.

Investigação detalha a estratégia criminosa

As investigações revelam que a retomada de territórios se deu por meio de negociações diretas com um grupo paramilitar. Em outras palavras, Celsinho teria “comprado” o controle da Vila Sapê, demonstrando a capacidade financeira e o poder de influência que ainda detém no submundo do crime organizado carioca. Além disso, essa aliança estratégica incluiu um pacto entre o Comando Vermelho, uma milícia local e membros da facção Amigos dos Amigos (ADA), visando expandir o domínio territorial dessas organizações criminosas.

Este pacto demonstra a complexa rede de relações entre diferentes grupos criminosos no Rio de Janeiro, que muitas vezes se unem em busca de objetivos comuns, como o controle do tráfico de drogas e a expansão de territórios. Em suma, a denúncia apresenta um panorama preocupante da criminalidade organizada no estado.

Detalhes da operação e histórico de Celsinho

Celsinho foi preso em maio de 2025 durante uma operação policial que também resultou nas denúncias contra André Costa Barros, conhecido como Boto (preso), e Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso (foragido). Boto, um miliciano, é acusado de envolvimento direto com Celsinho nessa empreitada criminosa. A prisão de Celsinho e as denúncias contra os demais envolvidos indicam o sucesso de uma ação policial estratégica, embora a fuga de Doca represente um obstáculo para o completo desmantelamento da rede criminosa.

Fundador da facção Amigos dos Amigos (ADA), Celsinho controla o tráfico de drogas na Vila Vintém e em outras comunidades da zona oeste do Rio. Seu extenso histórico criminal inclui uma condenação a mais de 30 anos de prisão por tráfico de drogas, associação criminosa e homicídios. Após cumprir duas décadas de pena, ele foi solto em 2022. Portanto, a sua recente prisão representa um duro golpe para a criminalidade na região e demonstra a perseverança das autoridades na luta contra o crime organizado.

Conclusão: Implicações da prisão

A prisão preventiva de Celsinho da Vila Vintém representa um avanço significativo na luta contra o crime organizado no Rio de Janeiro. Entretanto, a complexidade da rede criminosa e a fuga de alguns envolvidos exigem a continuidade das investigações e ações policiais. A operação demonstra a necessidade de uma abordagem integrada para combater o tráfico de drogas e as milícias, que frequentemente atuam em conjunto, como demonstrado neste caso. A prisão de Celsinho, ainda que represente um marco importante, não resolve, por si só, o problema da criminalidade organizada no estado. A desarticulação completa das redes criminosas necessita de esforços contínuos e coordenados entre diferentes órgãos de segurança pública.

Sair da versão mobile