O primeiro turno das eleições municipais, realizado neste domingo (6), resultou em 515 prisões por crimes eleitorais, de acordo com um balanço parcial divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Entre os detidos, 22 eram candidatos que foram flagrados infringindo a legislação eleitoral. O balanço final será divulgado na manhã desta segunda-feira (7).
Crimes eleitorais mais comuns
Com 2.618 crimes eleitorais registrados até às 19h30 de domingo, a boca de urna foi a infração mais comum, somando 1.057 ocorrências. O segundo crime mais praticado foi a compra de votos ou corrupção eleitoral, com 423 casos. Outros crimes relatados incluem 309 registros de propaganda eleitoral irregular, 203 ocorrências de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto e 64 casos de desobediência às ordens da Justiça Eleitoral.
A intensa fiscalização e a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança foram cruciais para garantir o cumprimento das normas eleitorais em todo o país. A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública colaboraram com as secretarias de segurança pública estaduais para monitorar e coibir as práticas irregulares durante o processo de votação.
Apreensões de dinheiro e armas
Além das prisões, as operações de fiscalização resultaram na apreensão de mais de R$ 520 mil, que estariam sendo usados em práticas criminosas, como a compra de votos. As autoridades também confiscaram 47 veículos, utilizados para o transporte irregular de eleitores, e 28 armas de fogo em posse de indivíduos abordados.
As operações de fiscalização se concentraram principalmente em garantir a ordem pública e o cumprimento das regras eleitorais, com o objetivo de coibir o uso de recursos indevidos e a intimidação de eleitores. O governo federal destacou que o combate às infrações eleitorais tem sido uma prioridade nesta eleição, em que o uso de tecnologia e inteligência policial tem permitido resultados rápidos e eficazes.
Participação da sociedade e novas denúncias
O MJSP e a Justiça Eleitoral reforçam a importância da participação dos eleitores na denúncia de crimes eleitorais. Para isso, as autoridades incentivam o uso do aplicativo Pardal, que permite o envio de denúncias de irregularidades diretamente às autoridades competentes. A expectativa é que, até o segundo turno, sejam ampliadas as ações de fiscalização, com uma presença ainda mais forte dos órgãos de segurança nas ruas.
Com o segundo turno programado para ocorrer em 50 cidades no final de outubro, a atenção será redobrada para evitar novas infrações e garantir um processo eleitoral seguro e transparente. A mobilização das forças de segurança e a conscientização dos eleitores serão fundamentais para coibir práticas que possam comprometer a legitimidade do pleito.