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Prêmio Periferia Viva: Edital 2025 aberto com R$ 50 mil em prêmios

R$ 50 mil em prêmios para projetos sociais!** O Prêmio Periferia Viva 2025 abriu inscrições neste sábado (14), oferecendo recursos para iniciativas populares que combatem a desigualdade socioespacial em comunidades periféricas do Brasil. Inscreva seu projeto!
Prêmio Periferia Viva 2025
Foto: Comunicação Social do Ministério das Cidades

O Prêmio Periferia Viva 2025 abriu suas inscrições neste sábado, 14 de junho, oferecendo R$ 50 mil em prêmios para projetos sociais que combatem a desigualdade socioespacial em comunidades periféricas de todo o Brasil. A cerimônia de lançamento ocorreu na Associação dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS), em São Paulo, e as inscrições podem ser feitas através do site do Ministério das Cidades.

Recursos para a Transformação Social

Em sua terceira edição, o Prêmio, promovido pela Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, destinará recursos a iniciativas em três eixos distintos. No primeiro, “Iniciativas Populares”, serão selecionados 150 projetos, cada um recebendo R$ 50 mil. Além disso, o edital prevê R$ 30 mil em premiação para “Assessorias Técnicas” e três troféus para “Iniciativas de Entes Públicos Governamentais”.

O tema central desta edição é “Periferia Viva é construção coletiva”, reforçando o objetivo de valorizar projetos gerados e executados por moradores das próprias comunidades, com foco na transformação de seus territórios. Os projetos participantes devem estar em andamento e demonstrar ações concretas de enfrentamento à desigualdade socioespacial.

Segundo o secretário Guilherme Simões, em nota oficial, o Prêmio Periferia Viva “fortalece o papel ativo das comunidades em decisões significativas, destacando suas capacidades frequentemente ignoradas, e responde ao engajamento de redes e movimentos sociais que buscam melhorar a vida urbana periférica”.

Sucesso e Impacto: Histórias de Transformação

A edição de 2024 do Prêmio premiou uma variedade de iniciativas, incluindo museus comunitários, projetos de agroecologia e ações culturais. Um exemplo notável foi a Okupação Cultural C.O.R.A.G.E.M., localizada na Cohab José Bonifácio, na Zona Leste de São Paulo. Para Letícia Ferreira, gestora e produtora cultural da Okupação, o prêmio foi crucial para a sustentabilidade do projeto. Os recursos permitiram realizar reformas estruturais, melhorar a segurança do acervo e garantir a continuidade das atividades, fortalecendo sua autonomia.

Além do impacto financeiro direto, o processo de seleção em si foi um importante exercício para a Okupação, que completa 10 anos de atuação. Como explicou Letícia, a necessidade de organizar documentos e revisitar sua trajetória contribuiu para uma melhor estruturação de projetos futuros e aprimoramento da comunicação. Este processo, segundo ela, os deixou “mais preparados para participar de outras seleções e fortalecer nossa atuação em rede”.

Outro projeto destacado foi o Quebrada Orgânica, no Jardim São Luiz, na zona sul de São Paulo. Para Joy Izauri, gestora do projeto de agricultura familiar urbana, o Prêmio Periferia Viva trouxe não apenas recursos financeiros, mas também reconhecimento e visibilidade. A premiação ajudou na construção de um portfólio sólido, que foi fundamental para a seleção do projeto em oficinas do Sesc. Em suas palavras, o prêmio “[…] ajuda não só na parte financeira, mas ajuda as iniciativas a serem reconhecidas no próprio território e a mostrar para a própria comunidade, superando dificuldades de diálogo com os outros moradores do território”.

O Quebrada Orgânica, que produz cerca de meia tonelada de alimentos por ano, parte destinada à comunidade, também promove um festival anual de agricultura urbana, combinando produção de alimentos com arte e educação em agroecologia. A iniciativa demonstra a versatilidade e o potencial transformador dos projetos apoiados pelo prêmio.

Abrangência Nacional: Impacto em Diferentes Realidades

O alcance do Prêmio Periferia Viva se estende por todo o país, impactando diferentes realidades. Um exemplo disso é o Museu de Favela do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, no Rio de Janeiro. Para Sidney Silva, também conhecido como Tartaruga, a experiência de participar do programa em 2024 foi de grande aprendizado, “dando a dimensão do programa no território nacional”. O Museu, que utiliza a arte como ferramenta de segurança comunitária e valorização cultural, utilizou os recursos para ampliar seu atendimento, criar brinquedotecas itinerantes e apoiar outras iniciativas locais.

Em resumo, o Prêmio Periferia Viva se consolida como uma iniciativa fundamental para o fomento de projetos sociais em comunidades periféricas. Através de seu impacto financeiro e do reconhecimento proporcionado, o programa impulsiona a transformação social, fortalecendo a participação comunitária e a construção de um futuro mais justo e igualitário.