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Polícia prende suspeitos de assassinato brutal de adolescente em Samambaia

Crime teria sido motivado por desvio de dinheiro do tráfico; investigações continuam para capturar terceiro envolvido
Samule Soares Marques
Foto: Reprosução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu dois suspeitos envolvidos na morte de Samuel Soares Marques, de 14 anos. O adolescente foi encontrado decapitado e sem uma das mãos em uma área de matagal em Samambaia, no último dia 7 de janeiro. Segundo as investigações, o crime foi ordenado pelo líder de uma facção criminosa, como punição por um suposto desvio de dinheiro do tráfico de drogas.

A operação, realizada nesta quarta-feira (29), cumpre três mandados de prisão temporária. Dois dos suspeitos já foram detidos, enquanto o terceiro segue foragido.

Crime brutal e motivação

De acordo com a PCDF, Samuel atuava há cerca de um ano no tráfico de drogas, auxiliando na venda e substituindo integrantes da facção quando necessário. Durante esse período, ele teria desviado dinheiro e entorpecentes, o que levou os criminosos a ordenarem sua execução.

O laudo pericial apontou que a vítima foi torturada antes de ser morta e sofreu 32 golpes de facão. O corpo foi encontrado por um morador da região, que acionou a polícia.

Prisão dos suspeitos e buscas pelo terceiro envolvido

A operação policial prendeu dois dos três alvos principais da investigação:

  • Matheus Cruz Souza (“Suetam”), de 21 anos, suspeito de participação direta no crime;
  • Ruan Felipe Barbosa Oliveira (“Zaroio”), de 20 anos, apontado como um dos executores.

O terceiro suspeito, William Silva Miranda (“Chuchu” ou “Papai”), de 30 anos, é considerado foragido. Ele é identificado como o líder da facção na região e teria ordenado a execução do adolescente.

A PCDF pede que qualquer informação sobre o paradeiro de William seja repassada anonimamente pelo telefone 197 ou pelo site da corporação.

Histórico de prisões no caso

Além dos três suspeitos investigados nesta fase da operação, outros dois envolvidos no crime foram presos em 11 de janeiro, poucos dias após o corpo ter sido encontrado. A identidade deles não foi divulgada, mas a polícia acredita que tenham auxiliado na execução ou ocultação do corpo.

Segurança na região e desdobramentos da investigação

O caso reacendeu debates sobre a atuação do tráfico de drogas e o recrutamento de adolescentes por facções criminosas. Segundo especialistas, crimes como esse demonstram o poder dessas organizações e a violência empregada para manter o controle sobre seus integrantes.

A polícia segue investigando se há outros envolvidos no crime e reforça que denúncias anônimas podem contribuir para a captura do foragido e para evitar novos episódios de violência na região.