A Polícia Federal indiciou Pablo Marçal, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, por uso de documento falso durante a campanha eleitoral de 2024. Marçal divulgou em suas redes sociais, dois dias antes do primeiro turno, um laudo médico falsificado que atribuía ao adversário Guilherme Boulos (PSOL) o uso de drogas ilícitas.
Detalhes do Laudo Falsificado
O documento apresentado por Marçal continha diversas inconsistências, incluindo erros de digitação, número de RG com dígitos incorretos e a assinatura de um médico já falecido, que nunca trabalhou na clínica mencionada. Além disso, registros indicam que Boulos estava em outro local no momento apontado como o de sua suposta internação.
Reações de Pablo Marçal e Guilherme Boulos
Em nota, Pablo Marçal afirmou que a celeridade de seu indiciamento é uma tentativa de prejudicar políticos de direita. Ele declarou: “É nítido como a velocidade do julgamento moral para aqueles que se identificam com a direita é significativamente mais rápida. Nunca testemunhei uma resposta tão célere em uma investigação como essa. O fato aconteceu no dia 4 de outubro e o indiciamento foi realizado em apenas 34 dias, um verdadeiro recorde”.
Guilherme Boulos, por sua vez, pronunciou-se nas redes sociais, afirmando que o indiciamento é “a primeira resposta às fake news abjetas que contaminaram a disputa eleitoral deste ano na cidade de São Paulo”. Ele também expressou esperança de que a Justiça atue com firmeza em relação ao uso criminoso da máquina pública por outros candidatos durante a campanha.
Desdobramentos Legais e Eleitorais
A Justiça Eleitoral reconheceu indícios de falsidade no documento usado por Marçal contra Boulos e determinou a remoção do conteúdo das plataformas Instagram, TikTok e YouTube. Além disso, a Polícia Técnico-Científica de São Paulo confirmou que o atestado médico apresentado por Marçal é falso.
Resultados das Eleições Municipais de 2024
No primeiro turno das eleições municipais de 2024 em São Paulo, houve uma disputa acirrada entre Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB), que receberam, respectivamente, 29,48%, 29,07% e 28,14% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Conclusão
O indiciamento de Pablo Marçal pela Polícia Federal por uso de documento falso destaca a importância da integridade e veracidade das informações durante o processo eleitoral. A ação reforça o compromisso das instituições brasileiras em combater a disseminação de notícias falsas e preservar a lisura das eleições.