Polícia conclui inquérito sobre morte de estudante em abordagem policial
A Polícia Civil de São Paulo concluiu, na última sexta-feira (3), o inquérito que investigava a morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta. O policial militar Guilherme Augusto Macedo, responsável pelo disparo, teve sua prisão preventiva solicitada à Justiça por homicídio doloso eventual.
O caso aconteceu na madrugada de 20 de novembro, por volta das 2h50, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Marco Aurélio foi atingido por um tiro à queima-roupa durante uma abordagem na escadaria de um hotel na Rua Cubatão.
Investigação e pedido de prisão preventiva
Após semanas de investigação, a Polícia Civil identificou indícios suficientes para imputar dolo eventual ao policial, ou seja, ele assumiu o risco de causar a morte da vítima. O pedido de prisão foi encaminhado ao Poder Judiciário, que agora deve analisar o caso.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que Macedo já havia sido indiciado por homicídio doloso no inquérito policial militar (IPM). O PM permanece afastado de suas funções, assim como o colega que o acompanhava no dia do ocorrido.
Repercussão e medidas administrativas
O caso gerou grande repercussão e levantou debates sobre o uso excessivo da força em abordagens policiais. Organizações da sociedade civil e entidades ligadas aos direitos humanos acompanharam de perto o desdobramento das investigações.
A Secretaria da Segurança reforçou que acompanha o caso com rigor e aguarda a manifestação do Judiciário para tomar as medidas cabíveis. A pasta destacou que investigações internas continuam, com o objetivo de apurar possíveis falhas no procedimento adotado durante a abordagem.
Família e sociedade aguardam justiça
A família de Marco Aurélio, que desde o início pede justiça, manifestou-se de forma positiva sobre o andamento do caso. Advogados da família ressaltaram a importância da responsabilização dos envolvidos, como forma de evitar novas tragédias.
Amigos e colegas da faculdade de Marco realizaram homenagens ao estudante, lembrando-o como uma pessoa dedicada e sonhadora. “Queremos que esse caso sirva de exemplo para que outros jovens não passem pelo que nossa família está passando”, afirmou um familiar.
Compromisso com a transparência e segurança
A Secretaria da Segurança Pública reafirmou o compromisso de continuar investindo na capacitação dos agentes e no aprimoramento dos protocolos de abordagem. A pasta destacou a importância do respeito aos direitos humanos e da transparência nas investigações.
A expectativa agora recai sobre a decisão da Justiça, que pode resultar na prisão preventiva do policial, marcando um passo importante no combate à violência policial.