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PGR defende manutenção da prisão de Braga Netto no STF

General Braga Netto

Foto: Isac Nóbrega/PR

PGR Rejeita Pedido de Soltura e Argumenta Risco de Obstrução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou, nesta sexta-feira (20), ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário à soltura do general Braga Netto. O militar, preso na semana passada no Rio de Janeiro, é apontado como um dos articuladores do plano golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido de manutenção da prisão responde a uma solicitação da defesa, que tentou substituir a detenção por medidas cautelares. Os advogados de Braga Netto alegaram que as acusações tratam de fatos passados e que não haveria justificativa para prisão preventiva.

Justificativa da PGR e Gravidade das Acusações

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou que a prisão do general deve ser mantida. Ele destacou que há indícios de obstrução das investigações, o que justifica a continuidade da detenção.

“As tentativas do investigado de embaraçar a investigação mostram a necessidade da medida extrema. Somente a prisão evitará a continuidade dessas práticas”, explicou Gonet.

A manifestação aponta que Braga Netto tentou acessar informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de dificultar o andamento das apurações.

Investigação e Prisão Preventiva

A prisão do general foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe no STF. A Polícia Federal (PF) identificou Braga Netto como um dos principais envolvidos na articulação do plano que visava impedir a posse de Lula.

A PF também apurou que o general buscou influenciar testemunhas e acessar documentos sigilosos, o que teria motivado a decisão de Moraes.

Defesa de Braga Netto e Próximos Passos

A defesa do general nega qualquer tentativa de obstrução e classifica a prisão como desnecessária. Os advogados afirmam que Braga Netto sempre colaborou com as investigações e que não há risco de reincidência.

Apesar disso, a PGR entende que a manutenção da prisão é fundamental para evitar interferências na instrução criminal e garantir a aplicação da lei.

Nos próximos dias, o STF deve analisar o parecer da PGR e decidir sobre a continuidade da prisão. A decisão terá impacto direto no andamento do inquérito do golpe e nas investigações em curso.

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