Edição Brasília

PF prende investigado do 8 de janeiro que rompeu tornozeleira eletrônica

Radialista foragido é capturado no Espírito Santo e passará por audiência de custódia neste sábado.
Atos Golpistas de 8 de Janeiro
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Prisão do Radialista em Colatina

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (20) o radialista Roque Saldanha, um dos investigados nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A prisão ocorreu na cidade de Colatina, Espírito Santo, após o investigado violar as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Saldanha, que estava foragido desde o mês passado, rompeu sua tornozeleira eletrônica e deixou sua residência em Governador Valadares (MG). O radialista foi conduzido para exames de corpo de delito e passará por uma audiência de custódia neste sábado (21).

Violação das Medidas Cautelares

A decisão de prender Saldanha foi motivada pela violação das restrições impostas durante a investigação do STF sobre os atos que resultaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o uso da tornozeleira eletrônica como medida cautelar.

No entanto, Saldanha não apenas rompeu o dispositivo como também gravou um vídeo nas redes sociais com ofensas e ameaças ao ministro Moraes, o que agravou sua situação no processo.

Captura e Procedimentos

A Polícia Federal intensificou as buscas após o rompimento da tornozeleira, e Saldanha foi localizado em Colatina. Após a prisão, ele foi conduzido para a delegacia local para realizar os procedimentos legais, incluindo o exame de corpo de delito.

A audiência de custódia, que será realizada neste sábado (21), definirá se o radialista permanecerá preso preventivamente ou se outras medidas cautelares serão aplicadas.

Repercussão do Caso

O caso de Roque Saldanha tem grande repercussão por envolver a investigação sobre os atos antidemocráticos que marcaram o início de 2023. A prisão reforça o compromisso das autoridades em garantir o cumprimento das decisões judiciais e impedir a fuga de investigados.

A Polícia Federal continua monitorando outros envolvidos no inquérito, que segue sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A Agência Brasil tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve resposta até o momento.