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Patrimônio Unesco, Geoparque Seridó é destaque do Caminhos da Reportagem

A TV Brasil apresenta nesta segunda (1º) o Caminhos da Reportagem, que explora o Geoparque Seridó, patrimônio Unesco no RN, mostrando sua riqueza geológica e cultural.
Geoparque Seridó Unesco
Foto: ICMBIO/divulgação

A TV Brasil transmitirá nesta segunda-feira, 1º de abril, às 23h, um novo e aguardado episódio do seu renomado programa “Caminhos da Reportagem”. Intitulado “Geoparque Seridó: Patrimônio e Cultura do Sertão”, o programa se dedica a explorar em profundidade o Geoparque Seridó, um notável patrimônio da Unesco situado no Rio Grande do Norte, revelando ao público suas inestimáveis riquezas geológicas e culturais.

Uma Expedição ao Coração do Seridó

Para a produção desta reportagem especial, a equipe da UERN TV, que atua como parceira da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), empreendeu uma vasta jornada. O percurso abrangeu seis municípios que integram o Geoparque Seridó: Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Lagoa Nova e Parelhas. O objetivo principal foi documentar e apresentar os múltiplos aspectos que tornam este território geológico um destaque crescente, atraindo e encantando visitantes de diversas localidades.

Ademais, este reconhecimento da Unesco não é apenas um selo de qualidade; ele reflete a implementação de estratégias efetivas para a conservação da diversidade cultural dessas regiões e, principalmente, o engajamento ativo das comunidades locais. Desse modo, a população se torna parte fundamental na gestão e promoção do Geoparque.

Reconhecimento Internacional e Dimensão do Território

O Geoparque Seridó alcançou o prestigiado status de território de relevância mundial, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Este reconhecimento, aliás, sublinha a importância singular da área. Abrangendo uma extensão impressionante de 2,8 mil quilômetros quadrados, o geoparque localiza-se na região centro-sul do Rio Grande do Norte, englobando os seis municípios mencionados anteriormente. Estima-se, além disso, que aproximadamente 120 mil pessoas residam atualmente neste território, que também é lar de diversas comunidades quilombolas, adicionando uma rica camada de diversidade cultural e histórica ao local. A condutora local Lucinéia de Araújo expressa com entusiasmo o impacto da região. Segundo ela, o amor genuíno que a população nutre por sua terra é cativante, criando uma atmosfera acolhedora. Por conseguinte, a combinação da beleza natural, a calorosa hospitalidade, a simpatia dos habitantes e, por fim, a rica gastronomia local, são elementos cruciais que solidificam o Seridó como uma referência inquestionável.

Educação e Ciência no Geoparque

Além de seu valor patrimonial, o Geoparque Seridó serve como um dinâmico centro para o desenvolvimento de iniciativas educativas e de divulgação científica. Em virtude disso, o local frequentemente recebe pesquisadores e estudantes de instituições de ensino de diferentes partes do país. Por exemplo, a professora Aline Kunst, do Instituto Federal Farroupilha, situado no Rio Grande do Sul, visitou o geoparque com o intuito de aprofundar seus conhecimentos.

Conforme explicado pela professora Kunst, o objetivo da visita era entender mais profundamente como se organiza tanto a estrutura dos geossítios quanto o sistema de gestão adotado. Além disso, a equipe buscava compreender de que maneira a própria população local interage e entende o conceito do Geoparque, promovendo assim uma conexão entre ciência e comunidade.

Outra visitante igualmente impressionada foi a professora Lucimar Vieira, da UFRGS. Ela manifestou seu encanto pelas paisagens do Seridó, descrevendo-as como “muito diferentes” e “cênicas”. A professora ressaltou que essas vistas proporcionam uma profunda sensação de bem-estar, convidando à reflexão sobre a história do planeta e, dessa forma, funcionando como uma “janela para o passado”, permitindo vislumbrar eras geológicas remotas.

A Essência da Preservação Geológica

Para o geólogo Silas Costa, a preservação dos geossítios é de vital importância, pois permite reconstruir e narrar a história geológica do planeta de maneira fidedigna. Ele define geossítio como um local geológico singular, onde é possível contar uma narrativa única sobre a formação da Terra. Portanto, a manutenção desses sítios é crucial para a pesquisa e o conhecimento.

Costa enfatiza que é justamente através da conservação desses geossítios, em conjunto com outras práticas como o ecoturismo e a educação ambiental, que os geoparques conseguem estabelecer as bases para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável. Em outras palavras, a proteção ambiental caminha lado a lado com o progresso social e econômico.

Um Mosaico de Riquezas: Arqueologia, Cultura e Biodiversidade

O Geoparque Seridó transcende a mera importância geológica; ele é um complexo repositório de elementos arqueológicos e paleontológicos de grande valor. Isso inclui, por exemplo, impressionantes pinturas rupestres e fósseis que contam a história de civilizações antigas e da vida pré-histórica na região. Além disso, o geoparque integra de forma harmoniosa história, religiosidade, uma gastronomia rica e uma notável diversidade cultural e biológica, formando um ecossistema completo de valor inestimável. Por conseguinte, ele se apresenta como um verdadeiro tesouro para o Brasil e para o mundo.