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Papa Francisco critica ataques israelenses e pede moderação no uso da força militar

Pontífice ressalta importância de manter a moralidade mesmo em tempos de guerra e apela por uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
Papa Francisco
Foto: Pixabay

Neste domingo, durante uma coletiva de imprensa a bordo do avião papal, o Papa Francisco expressou suas preocupações com os recentes ataques aéreos de Israel no Líbano, que resultaram na morte de civis e de líderes militares do Hezbollah. O pontífice, ao ser questionado sobre os eventos, afirmou que os ataques ultrapassam “os limites da moralidade” e enfatizou a importância de manter proporção na defesa militar.

“Mesmo em tempos de guerra, a moralidade deve ser preservada”, disse o Papa Francisco. Ele reforçou que, embora a guerra em si seja imoral, existem regras que proporcionam a ela algum grau de moralidade, e que estas devem ser respeitadas por todas as nações. Segundo ele, o uso desproporcional da força militar demonstra uma tendência à dominação, o que vai contra os princípios morais.

Apelos pelo fim da violência

O Papa Francisco, que frequentemente faz apelos pelo fim de conflitos ao redor do mundo, intensificou suas críticas às ações de Israel contra o Hamas e outras forças na região. Recentemente, ele também condenou a morte de crianças palestinas em ataques israelenses na Faixa de Gaza e classificou os bombardeios no Líbano como “inaceitáveis”.

Na coletiva, o pontífice revelou que mantém contato telefônico diário com membros de uma paróquia católica em Gaza, que relatam as duras condições de vida e a crescente violência no local. O Papa mencionou que, além das dificuldades enfrentadas pelos habitantes, o sofrimento causado pela guerra se estende a todos os envolvidos, reforçando a necessidade de uma solução pacífica e justa.

A comunidade internacional e a paz no Oriente Médio

O pontífice também fez um apelo à comunidade internacional, pedindo que todos os esforços sejam concentrados em parar a escalada de violência. Ele reiterou que o diálogo é o caminho para a paz e que a guerra, embora imoral, pode ser guiada por regras que ajudem a minimizar o sofrimento humano. Francisco pediu aos líderes globais que busquem soluções que garantam o respeito à vida e à dignidade de todas as partes envolvidas no conflito.

“Precisamos nos lembrar da humanidade em meio ao caos”, destacou o Papa. “O diálogo e a diplomacia são as únicas formas de alcançar uma paz duradoura.”

O papel da Igreja no apoio às vítimas

Além de suas declarações políticas, o Papa Francisco reafirmou o compromisso da Igreja Católica em ajudar as vítimas dos conflitos no Oriente Médio. Através de parcerias com organizações humanitárias e esforços da própria igreja, o Vaticano tem oferecido suporte tanto material quanto espiritual àqueles afetados pela violência.

Francisco concluiu suas declarações com uma mensagem de esperança, lembrando que, mesmo em tempos sombrios, a solidariedade e a compaixão podem abrir caminho para a paz.