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Operação DeLorean combate fraude de R$ 56,6 milhões no INSS e mira contadores e advogados no DF

Polícia Federal desarticula esquema de concessão ilegal de aposentadorias com documentos falsos. Ação resulta em mandados, bloqueios de bens e revisão de benefícios.
PF desmantela fraude no INSS de R$ 56,6 milhões com operação no DF
Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Ação rápida evita novas perdas para os cofres públicos

Nesta quarta-feira (7/5), a Polícia Federal desmontou um esquema de fraudes contra o INSS com operações simultâneas no Distrito Federal. A força-tarefa, batizada de Operação DeLorean, foi realizada em parceria com o Ministério da Previdência.

Os agentes cumpriram 17 mandados de busca e apreensão. Além disso, bloquearam bens dos envolvidos e notificaram o INSS para iniciar a revisão dos benefícios suspeitos.

Criminosos falsificavam vínculos de trabalho para burlar o sistema

O grupo fraudava o sistema desde 2014. Eles criavam empregos fictícios com o objetivo de simular contribuições ao INSS. Contadores utilizavam empresas de fachada para enviar GFIPs retroativas, sugerindo uma trajetória profissional inexistente.

Enquanto isso, advogados apresentavam documentos falsos à Justiça. Com isso, conseguiam decisões favoráveis para a concessão de aposentadorias indevidas.

Fraude já gerou R$ 56,6 milhões em pagamentos indevidos

A Polícia identificou 232 benefícios concedidos de forma irregular. O prejuízo direto chega a R$ 56,6 milhões. No entanto, se o esquema continuasse, os danos poderiam ultrapassar R$ 200 milhões.

Por isso, o INSS iniciou imediatamente a reavaliação de todos os benefícios relacionados ao esquema. A autarquia poderá suspender ou anular os pagamentos considerados irregulares.

Nome da operação faz alusão a viagens no tempo

O nome “DeLorean” faz referência ao carro usado no filme De Volta para o Futuro. O veículo representa a ideia de manipulação do passado, assim como o grupo criminoso simulava vínculos antigos para fraudar a Previdência.

Dessa forma, o nome simboliza como os criminosos tentaram “voltar no tempo” para forjar direitos inexistentes.

Justiça prepara responsabilização dos envolvidos

A PF afirma que os investigados vão responder por estelionato previdenciário, uso de documentos falsos, falsidade ideológica e associação criminosa. As penas previstas somam mais de 20 anos de prisão.

Além disso, a operação reforça o compromisso do governo com a legalidade. O combate a fraudes fortalece a confiança na Previdência e protege os recursos dos verdadeiros beneficiários.