Uma crescente onda de vandalismo tem assustado moradores de São Paulo e da Baixada Santista, com mais de 600 ataques a ônibus registrados desde junho. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans informaram que, somente na capital paulista, 421 veículos foram alvos de depredação a partir de 12 de junho. Além disso, um preocupante pico de 47 ataques foi registrado em um único domingo, o segundo maior número em um único dia durante esse período.
Vandalismo em Números: São Paulo e Região Metropolitana Sob Ataque
A situação se agrava ao considerar os dados da Grande São Paulo e da Baixada Santista, que, somados aos da capital, elevam o número total de ônibus atacados para mais de 600. Esse aumento repentino na violência contra o transporte público tem gerado preocupação entre passageiros e autoridades, que buscam entender as motivações por trás dos atos e garantir a segurança da população.
Investigação Policial: Múltiplas Linhas de Apuração
Até o momento, sete suspeitos foram detidos em conexão com os ataques. A polícia está investigando o caso sob três principais linhas de apuração. Primeiramente, a possível ligação dos atos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em segundo lugar, a influência de desafios virais da internet, que podem estar incentivando os ataques. Por fim, a polícia também investiga o possível envolvimento de funcionários ou empresas ligadas ao sistema de transporte público, considerando essa hipótese como a mais provável.
Resposta da SPTrans e Ações Policiais
Em resposta aos ataques, a SPTrans divulgou uma nota expressando seu repúdio aos atos de vandalismo. A empresa também reforçou a importância de que as concessionárias comuniquem imediatamente qualquer incidente à Central de Operações. Adicionalmente, a SPTrans orientou que qualquer ônibus danificado seja imediatamente encaminhado para manutenção e substituído por outro veículo, a fim de garantir a continuidade do serviço aos passageiros. O descumprimento dessa determinação pode acarretar penalidades para as empresas.
Operação Especial da Polícia Militar
Paralelamente, a Polícia Militar anunciou, no dia 3 de julho, a implantação de uma operação especial para intensificar a segurança nos corredores, garagens e terminais de ônibus em todo o estado de São Paulo. A operação envolve o uso de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas, que serão distribuídos em pontos estratégicos para prevenir novos ataques e garantir a segurança dos usuários do transporte público. Além disso, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e o Departamento de Crimes Cibernéticos (DCCiber) estão trabalhando em conjunto para identificar e prender os responsáveis pelos atos de vandalismo, inclusive investigando o possível envolvimento de criminosos em plataformas digitais.
Repúdio e Medidas Adotadas
Diante da crescente onda de violência, a SPTrans enfatizou que repudia veementemente os atos de vandalismo e está tomando todas as medidas cabíveis para garantir a segurança dos passageiros e a integridade dos veículos. A empresa também está colaborando com as autoridades policiais nas investigações, fornecendo informações e recursos para auxiliar na identificação e prisão dos responsáveis.
Em conclusão, a onda de ataques a ônibus em São Paulo e na Baixada Santista representa um grave problema que exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades. A investigação policial em curso busca identificar os responsáveis e desmantelar as redes criminosas por trás dos atos de vandalismo. Ao mesmo tempo, as medidas de segurança implementadas pela Polícia Militar e a colaboração entre a SPTrans e as concessionárias visam garantir a continuidade do serviço de transporte público e a segurança dos passageiros.