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O Mestre do Bem!

Papa Francisco

Foto: VATICAN NEWS /Divisione Foto

Nunca empunhou uma arma.
Sua força não vinha de castelos, nem de títulos,
mas da oração silenciosa e do exemplo puro.
Francisco não falava apenas do Evangelho —
ele era o Evangelho em movimento.

Como o santo de quem herdou o nome,
não buscava ser compreendido — compreendia.
Não pedia ser consolado — consolava primeiro.
Não exigia amor — amava abundantemente.
E como Francisco de Assis,
foi instrumento da paz,
em um mundo que grita, separa e fere.

Lembrava que das mãos de Deus recebemos um jardim,
e que não temos o direito de legar um deserto aos nossos filhos.
Clamava por um mundo mais humano,
onde o dinheiro fosse servo, não senhor.
E advertia:
“Amem os animais, sim.
Mas nunca mais do que aos seus irmãos.

Via no diálogo a arma mais poderosa.
Não acreditava em muros,
mas em pontes que aproximam
os que o ódio separou.

Repetia com doçura firme:
Deus nunca se cansa de perdoar… somos nós que cansamos de pedir.
E por que cansamos?
Porque, às vezes, desacreditamos da luz que habita em nós.

“Cuidem do coração”, dizia,
“pois é lá que nasce o que constrói e o que destrói.”
Esse coração, esse jardim escondido,
pode florescer se regado com esperança.

Francisco não temia o peso das batalhas.
Sabia que Deus dá as lutas mais difíceis aos seus melhores soldados.
E lutou com coragem,
mas sua espada era a ternura.

Lembrava sempre:
Ninguém vence sozinho — nem no campo, nem na vida.
E também que nossa vida é caminho —
e quem para, não avança.

Por isso seguiu em frente.
Mesmo nas dores do corpo,
na cruz do ofício,
nas incompreensões do mundo,
ele seguia.
Amando.
Crendo.
Esperando,
Jamais desesperando!

E se o mal contagia — dizia —
o bem também é contagioso.
E ele contagiou o mundo com sua luz.
Com seu sorriso manso.
Com a firmeza de quem nunca perdeu a ternura.

Francisco não nos deixou regras,
nem monumentos de pedra.
Deixou algo mais difícil de apagar:
uma memória viva.
Um caminho de bondade.
Uma fé encarnada.
Um convite à esperança.

Hoje, o céu recebe um homem que foi farol.
E nós ficamos com a chama.
Porque a luz que ele espalhou…
essa, ninguém apaga.

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