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“Não mexam com meu DF”, afirma senadora Damares sobre mudanças no Fundo Constitucional

Parlamentar do DF alerta para reação no Congresso contra proposta de alterar reajuste do FCDF, que impacta segurança, saúde e educação na capital.
Senadora Damares Alves

Mudanças no Fundo Constitucional geram debate

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) criticou publicamente nesta quinta-feira (28) a possível alteração no cálculo de reajuste do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), proposta pela equipe econômica do governo federal. Em nota publicada nas redes sociais, a parlamentar classificou a ideia como um retrocesso e convocou a bancada do DF a reagir de forma coesa.

Atualmente, o FCDF é corrigido anualmente pela variação da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. A proposta em estudo sugere que o reajuste passe a ser baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que, segundo críticos, pode limitar os recursos destinados à segurança pública, saúde e educação no DF.

Impactos na segurança e serviços essenciais

O FCDF é responsável por custear a maior parte da segurança pública no Distrito Federal, incluindo salários e equipamentos das forças policiais. Além disso, o fundo financia integralmente a saúde e parcialmente a educação na capital. Alterar o cálculo de reajuste pode gerar impactos diretos na qualidade desses serviços.

Damares destacou a importância de proteger o orçamento da capital federal e questionou os gastos em outras áreas do governo. “Cortem os ‘Janjaoaloozas’ e as viagens internacionais recheadas de assessores. Cobrem 100% das empreiteiras envolvidas na Lava Jato as multas devidas, sem qualquer desconto. Deixem o DF em paz”, afirmou em sua publicação.

Bancada do DF se mobiliza

A senadora afirmou que está articulando com outros parlamentares do DF para reagir à proposta. “Haverá uma resposta firme e coesa da bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional. Não permitiremos que um retrocesso como esse aconteça”, destacou.

Outros parlamentares também demonstraram preocupação. O deputado federal Julio César (Republicanos-DF) declarou que a mudança prejudicaria a segurança pública em um momento em que o país enfrenta desafios crescentes na área. “Precisamos de mais recursos para enfrentar a criminalidade, não de cortes ou ajustes inadequados”, argumentou.

Governo defende mudanças no cálculo

Fontes da equipe econômica justificam a proposta como parte de um esforço para controlar gastos públicos e ajustar os critérios de alocação de recursos. O IPCA, segundo o governo, garantiria uma correção inflacionária justa, enquanto a RCL tem apresentado oscilações mais significativas.

No entanto, especialistas alertam que essa mudança pode trazer desafios específicos para o DF, que possui particularidades administrativas por ser a sede do governo federal e abrigar representações diplomáticas.