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Morre Francisco Cuoco, aos 91 anos

Morre aos 91 anos o ator Francisco Cuoco, em São Paulo. Após longa carreira na TV e no cinema, o artista faleceu nesta quinta-feira devido a falência múltipla de órgãos.
Morte Francisco Cuoco
Foto: Fotos/ Instagram/@franciscocuocoreal

O ator brasileiro Francisco Cuoco faleceu nesta quinta-feira, 19 de janeiro, aos 91 anos, em São Paulo. A notícia de sua partida gerou comoção entre fãs e colegas de profissão, marcando o fim de uma extensa e brilhante trajetória nas artes cênicas.

Um Legado na Televisão e no Cinema

Internado no Hospital Albert Einstein, Cuoco faleceu em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele deixa três filhos. Nascido em 1933 na capital paulista, construiu uma carreira sólida e duradoura, com mais de seis décadas de atuação em televisão, teatro e cinema. Seus primeiros passos na televisão ocorreram no programa Grande Teatro Tupi, da TV Tupi, onde interpretou papéis em adaptações teatrais para a telinha.

Sua estreia em novelas, porém, aconteceu na TV Record, na trama “Marcados pelo Amor”, em 1964. Em seguida, a TV Excelsior o recebeu para atuar em “Redenção” (1966) e “Legião dos Esquecidos” (1968). Essas experiências iniciais foram fundamentais para a formação de seu talento e para a construção de sua reputação no cenário televisivo nacional.

A partir da década de 1970, Cuoco ingressou na Rede Globo, onde consolidou sua posição como um dos grandes nomes da teledramaturgia brasileira. Iniciou na emissora com “Assim na Terra Como no Céu”, interpretando um padre. Após esse trabalho, outros papéis memoráveis se seguiram, como em “Selva de Pedra” (1972), “O Semideus” (1973) e “Cuca Legal” (1975).

O Sucesso de Carlão e a Transição para o Cinema

No entanto, um dos personagens que o consagrou no imaginário popular foi o taxista Carlão, em “Pecado Capital” (1975). Este papel, em particular, o projetou para um sucesso ainda maior, mostrando sua versatilidade e talento interpretativo. Com o passar dos anos e o avanço de sua carreira, Cuoco diversificou seus trabalhos.

Entre as décadas de 1990 e 2000, o ator se voltou com mais ênfase para o cinema, construindo uma filmografia diversificada. Alguns de seus trabalhos cinematográficos incluem “Traição” (1998), “Gêmeas” (1999), “Um Anjo Trapalhão” (2000), “A Partilha” (2001) e “Cafundó” (2005), demonstrando sua capacidade de adaptação a diferentes meios e gêneros.

Última Homenagem e Despedida

O velório de Francisco Cuoco está previsto para esta sexta-feira, 20 de janeiro, das 7h às 15h, no Funeral Home, localizado na Rua São Carlos do Pinhal, 376, na Bela Vista, em São Paulo. A família do ator informou que a cerimônia será aberta ao público. Porém, o sepultamento, marcado para as 16h, será restrito a parentes e amigos próximos.

Em nota oficial divulgada pela família, é expresso o pesar e a consternação pela perda. A nota destaca que o ator estava cercado por seus entes queridos e partiu tranquilamente. Além disso, a família agradeceu as mensagens de apoio e carinho recebidas, manifestando gratidão e amor eterno por tê-lo em suas vidas. A mensagem transmite a serenidade e o acolhimento do momento, enfatizando a importância de Cuoco para seus familiares.

Em conclusão, a morte de Francisco Cuoco representa uma perda significativa para o universo artístico brasileiro. Sua extensa e marcante carreira, abrangendo décadas de trabalhos memoráveis na televisão e no cinema, deixa um legado indelével na história da dramaturgia nacional. A memória de suas personagens e de seu talento permanecerá viva na lembrança de todos que tiveram o prazer de acompanhar sua trajetória.