No último domingo (15), a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, participou de sua primeira agenda pública, comparecendo à 17ª edição da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento, que ocorre anualmente, reúne praticantes de diversas religiões para promover a paz e denunciar a intolerância religiosa e o racismo.
A Caminhada pela Liberdade Religiosa
Organizada pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) e pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro (CCIR), a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa é realizada todo terceiro final de semana de setembro. Este ano, praticantes de diversas religiões caminharam juntos pela orla de Copacabana, com o objetivo de promover o diálogo inter-religioso e denunciar casos de racismo e intolerância religiosa no Brasil.
A ministra Macaé Evaristo, que foi recentemente nomeada para o cargo, destacou em seu discurso a importância da luta contra a desigualdade social e pela liberdade religiosa. “Além da liberdade religiosa, essa caminhada simboliza a luta contra a fome, pela educação, por trabalho decente e por um cuidado coletivo, principalmente para as crianças, os idosos e as mulheres, que são as que mais sofrem”, afirmou.
Compromisso da Ministra e Homenagens
A caminhada deste ano também homenageou a professora Darci da Penha, uma figura importante na luta pelos direitos dos negros e da comunidade religiosa. A cada edição, o evento faz uma homenagem póstuma a lideranças religiosas que dedicaram suas vidas à luta pela paz e pela justiça. No ano anterior, a líder quilombola Mãe Bernadete foi lembrada após ter sido assassinada.
Em seu primeiro ato como ministra, Macaé Evaristo reforçou o compromisso do governo com a defesa dos direitos humanos e o combate à intolerância. Ela falou sobre sua trajetória, ressaltando seu trabalho em comunidades vulneráveis de Belo Horizonte, destacando a importância de continuar a luta por uma sociedade mais igualitária e respeitosa.
Diversidade Religiosa na Caminhada
A Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa reuniu uma grande diversidade de participantes, com destaque para as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, mas também contando com representantes de outras religiões, como o cristianismo, judaísmo, islamismo, budismo e Wicca. As caravanas vieram de vários estados, reforçando o apoio à causa e a defesa da liberdade de crença.
Segundo Ivanir dos Santos, babalawô e um dos líderes do movimento, a caminhada é um símbolo da defesa da democracia e do Estado laico. “A fé une. A verdadeira fé se baseia no respeito, na liberdade e na equidade. Queremos que a liberdade religiosa seja garantida para todos, especialmente para aqueles que mais sofrem perseguição”, afirmou Santos.
Expectativas Futuras e Planos da Ministra
A ministra Macaé Evaristo pretende fortalecer políticas públicas que garantam a liberdade religiosa e promovam a equidade social. Ela destacou a importância de conectar diferentes agendas para que o governo possa atender de forma eficaz as comunidades mais vulneráveis.
O evento reforça a relevância da luta pela liberdade religiosa e a importância de manter o diálogo entre as diferentes tradições religiosas do Brasil, promovendo a convivência pacífica e o respeito mútuo.