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Mesmo com casos de câncer na família, prevenção pode reduzir riscos de forma eficaz

combate ao cancer precoce

Foto: Freepik

Histórico familiar não determina o futuro

É comum que médicos perguntem sobre casos de câncer na família durante consultas de rotina. Isso porque o histórico genético pode aumentar o risco da doença. No entanto, ele não define o destino de uma pessoa. Na verdade, apenas 5% a 10% dos diagnósticos têm origem hereditária. A grande maioria dos casos ocorre por alterações adquiridas no DNA ao longo da vida.

Essas mutações estão fortemente ligadas a fatores como tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e exposição ambiental. Por isso, adotar hábitos saudáveis pode, sim, fazer toda a diferença. E, se existe predisposição genética, o rastreamento precoce é ainda mais importante.

Entenda o papel da genética e da prevenção

Mesmo quando há casos de câncer em familiares próximos, como pais ou irmãos, é possível reduzir os riscos por meio de ações preventivas. O primeiro passo é conhecer com clareza o histórico familiar: qual foi o tipo de câncer, com que idade apareceu e qual o grau de parentesco envolvido.

Por exemplo, diagnósticos antes dos 50 anos costumam indicar maior influência genética. Isso é comum nos casos de câncer de mama, ovário e intestino. Para esses tipos, exames genéticos podem identificar alterações como nos genes BRCA1 e BRCA2, associadas ao câncer de mama. Esses testes custam cerca de R$ 1 mil no Brasil.

No entanto, mesmo sem testes, é possível agir. O oncologista Rodrigo Guindalini recomenda iniciar o rastreamento de mulheres com alto risco genético aos 25 anos, com exames anuais como a ressonância magnética, seguida da mamografia a partir dos 30.

Hábitos que reduzem o risco de câncer

Além do acompanhamento médico, os hábitos cotidianos são determinantes na prevenção de tumores. Veja as recomendações principais:

1. Controle o peso corporal
A obesidade favorece inflamações no organismo. Isso aumenta o risco de mutações genéticas. Por isso, manter o peso saudável é essencial.

2. Pratique atividade física
Exercícios regulares fortalecem o sistema imune, equilibram hormônios e reduzem inflamações. Consequentemente, diminuem as chances de surgimento de diversos tipos de câncer.

3. Alimente-se bem
Evite alimentos ultraprocessados e invista em frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Uma boa alimentação protege o corpo de substâncias cancerígenas.

4. Evite álcool e cigarro
O tabagismo e o consumo de álcool continuam entre os principais fatores de risco. Mesmo pequenas quantidades de bebida alcoólica já aumentam a probabilidade de câncer.

5. Cuide da saúde mental e física
Estresse, ansiedade e depressão afetam o equilíbrio hormonal e imunológico. Já doenças como diabetes e hipertensão criam um ambiente favorável a inflamações, que podem evoluir para câncer.

Prevenção é caminho seguro, mesmo com histórico

Embora o histórico familiar de câncer assuste, ele não é uma sentença. O conhecimento sobre a genética, aliado a exames adequados e a um estilo de vida equilibrado, oferece um caminho possível de prevenção. E quanto mais cedo essas atitudes forem adotadas, maior a chance de evitar um diagnóstico no futuro.

Portanto, estar atento ao próprio corpo, fazer exames regularmente e adotar hábitos saudáveis são decisões que salvam vidas. Afinal, o câncer pode ter várias causas, mas a prevenção segue sendo uma das maiores aliadas da saúde.

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