Segurança e prevenção: estas duas palavras podem definir o objetivo de uma ação conjunta entre a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), o Batalhão Rural (BPRural) da Polícia Militar do DF (PMDF) e a Defesa Civil (DCDF), que cadastrou moradores em zonas de autossalvamento (ZAS) da Barragem do Descoberto, localizadas nas áreas rurais de Ceilândia e Brazlândia.
Antes do cadastramento, a Caesb realizou uma série de tratativas junto à DCDF, validando a ZAS da Barragem do Descoberto e percorrendo e validando também as rotas de fuga e de encontro propostas pela companhia
A gerente de segurança de barragens da Caesb, Marly Agostinho de Matos, explica o que é uma zona de autossalvamento: “É uma região do vale jusante da barragem onde se considera que os avisos de alerta à população são de responsabilidade do empreendedor, no caso, a Caesb. Essas pessoas são treinadas e, quando recebem o aviso, elas próprias se salvam, pois são situações nas quais não há tempo de as autoridades fazerem algum tipo de intervenção”.
Ao todo, foram registrados cerca de 80 moradores em 29 residências, todas jusantes à margem inundável da região. A iniciativa desse cadastramento é orientar os moradores para evitar tragédias como as ocorridas em outras barragens do país, como em Minas Gerais. Apesar de ser uma preparação para algo grave, as autoridades garantem que a Barragem do Descoberto está segura e os procedimentos são apenas preventivos.
Antes do cadastramento, a Caesb realizou uma série de tratativas junto à DCDF, validando a ZAS da Barragem do Descoberto e percorrendo e validando também as rotas de fuga e de encontro propostas pela companhia.
O próximo passo do protocolo de segurança será a instalação do sistema de alerta tipo sirene. O projeto está em fase de orçamento e deve ser contratado ainda este ano
Uma das pessoas registradas foi Keliane Valadares, 38, que mora no Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia, há mais de 10 anos. A produtora rural conta que nunca havia sido abordada por nenhum agente público para tratar sobre a segurança de sua propriedade próxima à Barragem do Descoberto e elogia a iniciativa. “Achei muito importante, no sentido de precaver e nos prevenir do pior”, descreve.
Com as rotas validadas e o cadastramento dos moradores, o próximo passo do protocolo de segurança será a instalação do sistema de alerta tipo sirene. De acordo com a Caesb, o projeto está em fase de orçamento e deve ser contratado ainda este ano. Por último, serão feitos simulados internos e externos, que terão a participação dos moradores e de outros órgãos, encenando ações de alerta e de emergência.
Parte importante da política de segurança e resgate de pessoas vítimas de acidentes com causas naturais, a DCDF reforça a importância de manter o cadastro e a comunicação com os moradores. “Em todas as residências que visitamos, as pessoas foram orientadas, caso haja o colapso parcial ou total da barragem. Além disso, pudemos estabelecer um número de pessoas em cada uma delas, se alguém está com problema de locomoção”, ressalta Hanuch Baccili, agente da DCDF.
Além dos protocolos para o caso de um acidente na barragem, a segurança da estrutura também é checada constantemente. “A lei determina que sejam feitas inspeções regulares, e a Caesb encaminha todos os relatórios e toma todas as providências junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico”, ressalta Marly.
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