O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres. É também um tipo de doença em que o diagnóstico precoce pode mudar a vida de uma mulher. Os exames preventivos identificam o problema antes mesmo do aparecimento de sintomas. No ano passado, só na rede pública, foram realizadas 33.636 mamografias bilaterais para o rastreamento da doença, uma média de 2,8 mil exames por mês. O exame identifica o câncer em mulheres assintomáticas e sem histórico familiar da doença, da faixa de 50 a 69 anos.
“O rastreamento reduz a mortalidade por câncer de mama em 30%. Daí a importância da conscientização das mulheres para a necessidade da realização da mamografia, que vai possibilitar o diagnóstico precoce”, ressalta o chefe da assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Saúde, Gustavo Bastos Ribas.
A mamografia é um exame de raio-X que visualiza a região interna das mamas. O exame deve ser feito a cada dois anos, por mulheres da faixa etária dos 50 aos 69 anos, que não têm sintomas, riscos ou histórico de câncer na família, segundo recomendação do Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O grupo de alto risco inclui mulheres com idades acima de 35 anos, com histórico familiar da doença em parentes de primeiro grau, antes de terem 50 anos; e as mulheres de qualquer faixa etária, que apresentam sintomas, como dor, nódulos palpáveis e assimetria na mama, entre outros.
Apresentado o resultado do exame ao médico da Unidade Básica de Saúde, pacientes com sintomas suspeitos de câncer de mama são encaminhadas às unidades de mastologia do DF. São 10 unidades na capital
Rede pública
Nas unidades públicas de saúde do Distrito Federal, a mamografia é um dos exames solicitados para as mulheres a partir de 50 anos, para que seja feito o rastreamento da doença. Com o pedido do exame, a paciente é inserida na Central de Regulação, onde seus dados do Sistema Único de Saúde (SUS) serão atualizados e a pessoa entra na fila de agendamento. A mamografia é feita em um prazo de até 60 dias.
Apresentado o resultado do exame ao médico da Unidade Básica de Saúde, pacientes com sintomas suspeitos de câncer de mama são encaminhadas às unidades de mastologia do DF. São 10 unidades na capital, localizadas nos hospitais de Base, Materno Infantil, Universitário, Sobradinho, Paranoá, Gama, Santa Maria, Taguatinga, Samambaia e Ceilândia, além do Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu).
As equipes de mastologia realizam os tratamentos precoces curativos nas lesões iniciais e também a cirurgia para a retirada de nódulo, que previne a retirada da mama, e o acompanhamento clínico da paciente.
Foram feitos 2.036 atendimentos em 17 regiões administrativas do DF, durante 30 dias de ações no Outubro Rosa
Mamografia itinerante
A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, destaca o trabalho realizado no governo. “O câncer de mama é o que mais mata mulheres, mas que pode ser facilmente identificado por um toque ou pela mamografia. Então, é muito importante a mulher conhecer o seu corpo, e, se sentir algo diferente, buscar ajuda”, enfatiza a secretária.
O diagnóstico precoce salva vidas, de acordo com Ericka Filippelli. “Por isso, estamos sempre envolvidos nas campanhas que incentivam as mulheres a procurar as Unidades Básicas de Saúde e que facilitem o acesso delas aos exames e aos tratamentos. Além disso, colocamos nossas unidades móveis à disposição, e, por meio de parcerias, levamos exames de mamografias a diversas cidades do DF e Entorno em ações específicas”, ressaltou.
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Em outubro passado, mês consagrado à conscientização sobre a saúde feminina, a secretaria da Mulher, em parceria com a secretaria de Saúde, disponibilizou a Unidade Móvel para a conscientização, prevenção e tratamento precoce do câncer de mama. A ação contou também com a Carreta do Serviço Social do Comércio (Sesc), responsável pela realização de mamografias.
A iniciativa da Secretaria da Mulher incluiu uma série de atividades para reformar a importância do autoexame — que pode antecipar a descoberta do câncer — e esclarecimentos sobre os serviços para facilitar o acesso da paciente a exames e ao tratamento. Foram feitos 2.036 atendimentos em 17 regiões administrativas do DF, durante 30 dias de ações no Outubro Rosa.
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