O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma, nesta sexta-feira (8), as reuniões para definir o pacote de corte de gastos do governo. As discussões, que estavam programadas para serem finalizadas na quinta-feira, foram interrompidas e devem ser retomadas às 14h, no Palácio do Planalto.
Encontro com os Ministros
Na quinta-feira, as reuniões começaram por volta das 9h30 e foram suspensas para o almoço. Após a retomada, que ocorreu às 16h45, os trabalhos foram interrompidos novamente às 18h. Durante a sessão, o presidente Lula discutiu com os ministros os detalhes finais do pacote de cortes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou uma viagem para São Paulo que estava agendada para a noite de quinta-feira. Ele optou por permanecer em Brasília para acompanhar as discussões e garantir a finalização das propostas.
Expectativas para o Pacote de Gastos
O pacote de corte de gastos obrigatórios estava inicialmente previsto para ser concluído na quinta-feira. Haddad informou que as medidas poderiam ser anunciadas após uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, que se reuniram com o presidente para discutir as propostas que serão enviadas ao Congresso.
O ministro destacou que o fechamento do pacote depende de dois “detalhes” que ainda precisam ser decididos pelo presidente Lula. “A reunião de amanhã é importante porque as decisões a serem tomadas são realmente muito singelas”, afirmou Haddad.
Envolvimento de Diversos Ministérios
A equipe econômica, junto com o presidente Lula, já se reuniu com todos os ministérios envolvidos nas medidas, incluindo Previdência, Desenvolvimento Social, Trabalho e Emprego, Saúde e Educação. O pacote de cortes deverá incluir uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei complementar.
Desmentido sobre Informações Fiscais
Na tarde de quinta-feira, o Ministério da Fazenda desmentiu informações sobre a suposta análise de duas medidas fiscais, que totalizariam R$ 25 bilhões. Uma dessas medidas estaria relacionada às áreas de saúde e transporte. Segundo a pasta, essas informações não correspondem ao que tem sido debatido entre a equipe econômica e outros ministérios.
Após o desmentido, o dólar, que estava subindo ao longo da tarde, teve sua alta anulada. O fechamento do dólar comercial foi a R$ 5,675, com uma leve alta de 0,02%. No entanto, durante o pico da tarde, a moeda chegou a ser cotada a R$ 5,71.
Conclusão
O retorno das reuniões e as discussões em torno do corte de gastos evidenciam o compromisso do governo em reequilibrar as contas públicas. Com a participação ativa dos ministros e a transparência nas decisões, o governo busca garantir a estabilidade econômica e o bem-estar da população.