O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Belém neste sábado (1º de novembro) para uma intensa agenda focada nos preparativos da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que a capital paraense sediará em 2025. Ao longo de sua visita, o chefe do Executivo cumprirá uma série de compromissos que incluem a inauguração de importantes obras de infraestrutura e encontros com comunidades locais, marcando o início de uma maratona diplomática essencial para o evento climático global.
Obras de Infraestrutura para a COP30
A programação presidencial em Belém começou com a entrega de projetos cruciais para a melhoria da capacidade logística da cidade. Inicialmente, a partir das 10h, o presidente acompanhou a conclusão das obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Belém. Esse empreendimento, que recebeu um investimento substancial de R$ 450 milhões da concessionária Norte da Amazônia Airports, representa uma peça fundamental no conjunto de aprimoramentos estruturais planejados para elevar a capacidade de transporte aéreo da região em preparação para a COP30. Entretanto, a cerimônia de entrega desta etapa específica não foi aberta à cobertura jornalística.
Em seguida, às 11h30, a agenda prosseguiu com a inauguração do novo terminal do Porto de Outeiro, um evento que, ao contrário do anterior, permitiu o acompanhamento da imprensa. A requalificação deste porto é vista como um passo estratégico para o escoamento da produção da Região Norte, fortalecendo, assim, a matriz de exportação do estado do Pará e consolidando a infraestrutura logística necessária para apoiar o fluxo de pessoas e mercadorias que a COP30 demandará.
Agenda de Compromissos e Encontros
A permanência de Lula na capital paraense está prevista para se estender até, pelo menos, a próxima sexta-feira (7 de novembro), indicando a densidade de sua agenda diplomática. No domingo (2) e na segunda-feira (3), o presidente tem programadas visitas a comunidades quilombolas e indígenas, localizadas em áreas de acesso mais difícil da região. Tais encontros são fundamentais para discutir as pautas ambientais e sociais diretamente com os povos originários e tradicionais.
Ainda não há confirmação sobre a participação de outras autoridades nestas agendas, tampouco sobre a presença do presidente em eventuais eventos culturais que possam ocorrer na cidade. Contudo, a expectativa é de que diversos atores relevantes se integrem às discussões e atividades ao longo da semana.
Na terça-feira (4), Lula permanecerá em Belém, mas sem compromissos oficiais agendados, reservando este dia para eventuais preparativos internos ou reuniões de caráter privado. Posteriormente, na quarta-feira (5), estão previstas reuniões bilaterais. Assessores indicam a existência de pedidos para quatro a cinco encontros com autoridades estrangeiras e representantes de organismos internacionais, evidenciando o interesse global nos preparativos da conferência climática. Finalmente, nos dias 6 (quinta-feira) e 7 (sexta-feira), o presidente participará da Cúpula dos Líderes, um evento preparatório essencial para a COP30 que deve reunir chefes de Estado e representantes de diversos países para debater a agenda ambiental e os detalhes finais da conferência.
Perspectivas Futuras e Ausências Internacionais
Após a série de compromissos em Belém, há a possibilidade de que o presidente Lula viaje a Fernando de Noronha nos dias 8 e 9 de novembro. Na ilha, ele poderá participar do lançamento de um projeto de energia solar, reforçando o engajamento do Brasil em iniciativas de sustentabilidade. A confirmação dessa viagem, no entanto, deve ser divulgada nos próximos dias pelo Palácio do Planalto, por meio de um aviso oficial.
Por outro lado, não há, por enquanto, previsão de participação do presidente na próxima reunião de cúpula da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para os dias 9 e 10 de novembro, em Santa Marta, na Colômbia. Este encontro, que reunirá líderes dos 27 países da União Europeia e das 33 nações da Celac, tem como foco principal a retomada do diálogo birregional e as negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Portanto, sua ausência nesse evento permite que o foco total se mantenha na agenda climática e na preparação para a COP30.



