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Lula defende vitória de Kamala Harris como um avanço para a democracia

Presidente Lula defende vitória de Kamala Harris

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a vitória da vice-presidente Kamala Harris nas eleições dos Estados Unidos representa uma opção mais segura para fortalecer a democracia. Lula fez esses comentários durante uma entrevista ao canal de televisão francês TF1, em um momento de intensa polarização política nos EUA, com a disputa acirrada entre Harris e o ex-presidente Donald Trump.

A Valorização da Democracia

Lula destacou que a democracia deve refletir a pluralidade e permitir a discussão civilizada de ideias. “A Kamala Harris ganhando as eleições é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos EUA”, afirmou o presidente. Ele se lembrou dos eventos que cercaram o final do mandato de Trump, incluindo o ataque ao Capitólio, um acontecimento que abalou a imagem dos EUA como modelo democrático.

O presidente brasileiro enfatizou que o ódio e a desinformação não são problemas exclusivos dos EUA, mas se espalharam pela Europa e América Latina. “É o fascismo e o nazismo voltando a funcionar com outra cara”, acrescentou Lula, apontando a urgência de enfrentar essas ameaças à democracia.

Combate à Fome no G20

Durante a entrevista, Lula também abordou a presidência brasileira do G20 e sua prioridade de estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “Não existe mais explicação para que 733 milhões de pessoas passem fome em um mundo autossuficiente na produção de alimentos”, ressaltou.

Para combater a fome, Lula propôs a criação de um imposto sobre grandes fortunas. Ele citou que 3 mil pessoas detêm uma fortuna de US$ 15 trilhões e sugeriu que uma alíquota de 2% poderia arrecadar entre US$ 250 bilhões e US$ 300 bilhões, aproximadamente R$ 1,5 trilhão. Essa quantia poderia ser direcionada para erradicar a fome e outros problemas sociais.

Reformas Necessárias na ONU

Lula também defendeu a necessidade de reformas na Organização das Nações Unidas (ONU). Ele argumentou que o Conselho de Segurança precisa ser reestruturado, eliminando o direito de veto e aumentando a representação de países da África, América Latina e Ásia. “É preciso incluir mais países como Alemanha, Índia, Nigéria, África do Sul e México”, afirmou o presidente.

Proposta de Paz na Guerra da Ucrânia

Sobre a guerra na Ucrânia, Lula sugeriu que as partes envolvidas busquem uma solução negociada. Ele propôs a realização de referendos para determinar a vontade do povo em relação à ocupação de territórios ucranianos pelas forças russas. “Vamos deixar o povo decidir. Vamos consultar o povo”, disse Lula.

Conclusão

Com suas declarações, Lula não apenas posiciona o Brasil como um líder nas discussões globais sobre democracia e direitos humanos, mas também reafirma seu compromisso com a erradicação da fome e a promoção de uma governança mais justa nas instituições internacionais. Enquanto as eleições nos EUA se aproximam, a mensagem de Lula ressoa fortemente em um momento crítico para a democracia.

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