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Lula cancela viagem ao BRICS na Rússia após acidente doméstico

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua viagem à Kazan, na Rússia, onde participaria da 16ª Cúpula de líderes do Brics. A decisão ocorreu após um acidente doméstico neste sábado (19), quando o presidente sofreu uma queda e bateu a cabeça, necessitando de cinco pontos. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, que o atendeu, recomendou que ele evite viagens de longa distância.

Avaliação Médica

Conforme o boletim médico do hospital, o acidente não foi grave e o presidente “pode exercer suas demais atividades”. Lula sofreu um ferimento corto-contuso na região occipital. Os médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio informaram que, apesar do susto, o presidente segue em recuperação e está sob acompanhamento médico no Palácio da Alvorada.

Participação por Videoconferência

O embarque para a Rússia estava marcado para hoje (20), às 17h. Agora, a participação de Lula na cúpula será feita por videoconferência, conforme anunciado pela Presidência da República. A cúpula, que ocorrerá de 22 a 24 de outubro, será o primeiro encontro com os novos países-membros do bloco, que inclui a Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes.

Temas em Debate

Embora não haja uma pauta específica, o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, mencionou que o tema principal do encontro deve ser a criação de um modelo de adesão aos Brics para os chamados “países parceiros”. Essa nova categoria permitirá uma participação diferenciada, sem as mesmas prerrogativas dos países-membros.

“Estamos trabalhando para definir os critérios dessa nova modalidade, e há expectativa de que, aprovada, possamos anunciar os países convidados a integrar essa categoria”, afirmou Saboia. Além disso, a cúpula deverá abordar temas como a crise do Oriente Médio e questões políticas e financeiras do bloco.

Confirmação de Presença

O governo russo informou que 32 países confirmaram presença no evento, incluindo 24 líderes de Estado. Dos dez países-membros do Brics, oito contarão com seus representantes máximos, exceto o Brasil e a Arábia Saudita, que enviará seu ministro de Relações Exteriores.

Durante a cúpula, espera-se também a divulgação de uma declaração que enfatize o fortalecimento do multilateralismo para promover um “desenvolvimento global justo e seguro”. O Brasil assumirá a presidência do Brics a partir do próximo ano, seguindo o modelo rotativo do bloco.

Conclusão

Apesar do incidente, a continuidade do governo e sua participação nos eventos internacionais permanecem firmes. A recuperação de Lula é uma prioridade, e a realização da cúpula, mesmo que virtualmente, demonstra a resiliência e a importância do Brasil no cenário global.

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