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Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo, morre aos 92 anos no Rio de Janeiro

Léo Batista

Foto: TV Globo/Divulgação

A despedida de uma lenda da comunicação brasileira

Léo Batista, jornalista, locutor e apresentador de televisão, faleceu neste domingo (19), aos 92 anos, no Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada pela TV Globo, emissora onde o comunicador trabalhou por 55 anos. Internado desde o início de janeiro no Hospital Rios D’Or, na zona oeste do Rio, Batista lutava contra um câncer no pâncreas.

Com uma carreira que atravessou décadas, Léo Batista consolidou seu nome como um dos maiores ícones do jornalismo esportivo nacional. Ele também foi responsável por noticiar eventos históricos, como o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o assassinato de John F. Kennedy, em 1963.

Uma trajetória de dedicação ao jornalismo

Nascido em Cordeirópolis, interior de São Paulo, em 1932, João Baptista Belinaso Neto iniciou sua carreira em 1947. Já no início, percebeu que precisaria adotar um nome mais simples para o público, surgindo assim o inesquecível “Léo Batista”.

Após atuar em rádios no interior paulista, como a Rádio de Piracicaba, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1952, onde começou na Rádio Globo como locutor e redator. Na TV, teve passagens marcantes pela extinta TV Rio, pela TV Excelsior e, finalmente, pela TV Globo, em 1969.

Na Globo, Léo se destacou em programas esportivos e telejornais, apresentando quadros que marcaram o público e ajudaram a popularizar o jornalismo esportivo na televisão. Ele manteve uma presença ativa até o final da vida, com sua última aparição na TV sendo no dia 26 de dezembro de 2024, em um programa esportivo vespertino.

Repercussão e homenagens

A morte de Léo Batista gerou comoção entre colegas e fãs. Rodrigo Campos, comentarista da TV Brasil, destacou a emoção que a narração de Batista trazia aos gols e momentos esportivos. “Sua voz ecoava com sutileza em nossos ouvidos”, afirmou.

Waldir Luiz, da Rádio Nacional, relembrou a familiaridade que os brasileiros criaram com a voz de Léo ao longo de tantos anos. “Ele foi uma referência para todos nós.”

O Botafogo, time do coração do jornalista, também prestou sua homenagem, relembrando a relação especial entre Léo e o clube. Em 2017, a cabine de TV do Estádio Nilton Santos foi batizada com seu nome, e ele foi ovacionado por torcedores em uma emocionante celebração.

O legado de Léo Batista

Com 70 anos de dedicação à profissão, Léo Batista deixa um legado inigualável no jornalismo esportivo e na comunicação brasileira. Seu trabalho transcendeu gerações, conquistando o respeito de profissionais e o carinho do público.

Como a própria TV Globo destacou em nota, Léo trabalhou com o que amava até os últimos dias de sua vida. Sua presença será eternamente lembrada como sinônimo de credibilidade, paixão e excelência no jornalismo.

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