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Israel retoma ataques contra Hamas após impasse em negociações

Governo israelense afirma que não havia outra opção e intensifica ofensiva na Faixa de Gaza
Giedeon Saar
Foto: Reprodução

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, declarou nesta terça-feira (18) que o país não teve alternativa além de retomar a guerra contra o Hamas. Segundo ele, as negociações com o grupo palestino chegaram a um “beco sem saída” nas últimas duas semanas e meia.

Ataques retomados após cessar-fogo

Na madrugada desta terça-feira pelo horário local, as Forças de Defesa de Israel lançaram uma grande ofensiva contra a Faixa de Gaza. A operação ocorreu após o rompimento do cessar-fogo estabelecido em janeiro deste ano.

  • Aviões de guerra atingiram alvos estratégicos em Gaza, incluindo infraestruturas do Hamas.
  • Os ataques se estenderam da Cidade de Gaza, no norte, até Khan Younis, no sul.
  • Ao todo, 404 pessoas morreram e 562 ficaram feridas, segundo autoridades locais.

Saar justificou a ação militar afirmando que Israel não poderia mais aguardar por avanços diplomáticos. “Nenhum cessar-fogo e nenhum retorno dos reféns. Se continuássemos esperando, nada se moveria”, declarou o ministro.

Objetivos da ofensiva

O governo israelense reafirmou seu compromisso de desmantelar as estruturas do Hamas e enfraquecer a presença do grupo na região. De acordo com as autoridades, os ataques estão direcionados a lideranças do Hamas e a bases operacionais do grupo.

“Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o governo. A operação pode se intensificar nos próximos dias, dependendo da resposta do grupo palestino.

Reações internacionais

A nova ofensiva ocorre em meio a um momento delicado nas negociações para a segunda fase do cessar-fogo. O grupo Hamas afirmou que os Estados Unidos tinham conhecimento prévio dos ataques israelenses e acusou Washington de ser responsável pelos acontecimentos.

Enquanto isso, diversas nações apelam para a retomada das negociações e o fim da violência na região. O Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir o conflito e possíveis sanções contra os envolvidos.

A situação segue tensa e pode definir os próximos desdobramentos da crise no Oriente Médio.