Investigação de Doenças Respiratórias em Aves no Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou, na terça-feira (20), a investigação de sete novos casos suspeitos de doenças respiratórias em aves no Brasil. O painel Síndrome Respiratória e Nervosa em Aves, atualizado às 13h01 do mesmo dia, detalha a localização e o tipo de criação afetada. A investigação abrange granjas comerciais, criadouros de subsistência e aves silvestres, gerando preocupação quanto à possibilidade de surtos de gripe aviária ou outras enfermidades.
Detalhes dos Casos Investigados
Entre os sete casos, dois foram registrados em granjas comerciais localizadas em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Quatro outros casos foram identificados em criadouros de subsistência nos estados do Rio Grande do Sul (Triunfo e Estância Velha), Ceará (Salitre) e Pará (Eldorado dos Carajás). Completando o quadro, um caso envolve aves silvestres na cidade de Derrubadas (RS). Segundo o ministério, as investigações buscam determinar se a origem dos sintomas respiratórios se deve à influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária, à doença de Newcastle (DNC) ou a outras enfermidades respiratórias.
Além destes sete novos casos, o painel do MAPA também destaca a existência de dois focos ativos de gripe aviária no país. Um deles está localizado em Montenegro (RS), representando o primeiro foco registrado no Brasil em uma granja comercial. O outro foco está situado no zoológico de Sapucaia do Sul (RS), afetando aves consideradas silvestres.
Panorama da Gripe Aviária no Brasil
De acordo com os dados oficiais do MAPA, o Brasil já registrou um número considerável de focos confirmados de gripe aviária. Até a data do relatório, 164 focos foram confirmados em aves silvestres, com o primeiro caso registrado em 15 de maio de 2023. Três focos foram identificados em criadouros de subsistência, sendo o primeiro confirmado em 27 de junho de 2023. Por fim, um foco em granja comercial foi confirmado em Montenegro (RS) na quinta-feira, 15 de maio.
A rápida disseminação da doença levou a medidas preventivas em diversas regiões. Como exemplo, Minas Gerais descartou preventivamente 450 toneladas de ovos férteis vindos do Rio Grande do Sul, em uma demonstração da preocupação das autoridades com a contenção da doença e seus potenciais impactos econômicos. Apesar disso, o Ministério da Agricultura já declarou que, apesar do surto, não há expectativa de impacto significativo no preço da carne de frango.
Implicações e Monitoramento
A investigação dos sete novos casos de doença respiratória em aves mantém o alerta para a necessidade de vigilância constante e medidas eficazes de prevenção e controle. A rápida resposta do MAPA demonstra o compromisso em proteger a avicultura brasileira e prevenir a disseminação de doenças que podem causar impactos significativos na economia e na saúde pública. O acompanhamento contínuo da situação por parte do ministério é crucial para a tomada de decisões estratégicas e o desenvolvimento de ações mais efetivas para o combate à gripe aviária e outras enfermidades aviares.
A situação exige atenção redobrada dos criadores de aves, que devem seguir rigorosamente as orientações do MAPA para garantir a biosseguridade de suas propriedades e contribuir para o controle da disseminação da doença. A transparência e a comunicação efetiva por parte do governo são fundamentais para manter a população informada e tranquilizá-la quanto às medidas de segurança em vigor.